Aos finais de semana costumo passear pela cidade. Não uso camisas floridas, chapéus espalhafatosos, bermuda xadrez nem sapato social com meia preta. O estereótipo não me cabe. Meu único defeito é sempre portar minha câmera. Só este último detalhe é suficiente para que eu seja guindado à categoria "turística".
Basta colocar os pés no Parque José Affonso Junqueira, por exemplo, para ser assediado -pelo menos três vezes- para um passeio de charrete. É engraçado. O sujeito chega meio disfarçando, olhando para os lados. De repente saca um surrado álbum de fotos com os "maravilhosos passeios" -incluindo uma fábrica de chocolate e pelo menos uma cachoeira.
Fica a impressão de que está fazendo algo proibido. Sempre pergunto, em tom irônico: "tenho cara de turista"? E eles também sempre respondem que sim...
Quando escapo dos "agenciadores" aparecem os pedintes, invariavelmente com uma história triste envolvendo crianças e botijões de gás. Lágrimas rolam na mesma velocidade com que as figuras desaparecem ao avistarem uma viatura policial. Cansa. E espanta os turistas de verdade.
Em tempo: não sou o sujeito da foto acima. Sério!
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