O Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF) foi criado pelo Ministério do Desenvolvimento Social com base nos dados do Cadastro Único, que contém informações sobre as famílias assistidas pelo Bolsa-Família. Formado por seis itens, o IDF varia de 0 a 1 –quanto mais perto de 1, melhor o resultado. Em Poços de Caldas, o IDF é 0.59. Confira as seis variáveis (os valores entre parênteses são os de Poços de Caldas):
Vulnerabilidade (0.66): tenta medir o volume de recursos a mais que a família precisa para se sustentar levando em conta se inclui, por exemplo, gestantes, mães amamentando, crianças, adolescentes, jovens, portadores de deficiências e idosos. Quanto mais membros considerados vulneráveis, pior é o indicador.
Escolaridade (0.49): considera o nível de instrução das pessoas da família. Se há analfabetos ou analfabetos funcionais (até quatro anos de escolaridade) o indicador piora.
Acesso ao Trabalho (0.12): avalia a oportunidade que as pessoas têm de encontrar alguma forma de trabalho. Considera se mais da metade dos membros da família está ocupada, se trabalha na área rural, no setor formal ou informal, se recebe mais de 1 salário mínimo. Quanto mais trabalhadores, maior o índice.
Renda (0.78): mede o quanto da renda da família é em dinheiro. Avalia qual a despesa e a renda da família e considera qual a parte do sustento não vem dos programas de transferências de renda. Quanto maior a renda e quanto maior a parte que não vem do Bolsa-Família e outros, melhor o indicador.
Desenvolvimento infantil (0.68): considera se há trabalho infantil na família, crianças fora da escola ou em atraso escolar de mais de dois anos e adolescentes e jovens analfabetos.
Condições de habitação (0.81): Leva em conta se a moradia é própria, se há mais de dois moradores por dormitório, o tipo de material de construção, se há acesso a água potável, saneamento e coleta de lixo adequados e energia elétrica.
De todos os problemas sociais carregados pela população mais pobre de Poços, a falta de acesso ao trabalho é, hoje, o maior deles. São pessoas com baixo nível de educação, pouca renda e perspectivas de futuro menores ainda.
O economista Ricardo Paes de Barros, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), criador do índice, reconheceu que essa é hoje uma característica importante da pobreza em todo o Brasil: “É um grupo que terá dificuldade de se beneficiar do crescimento econômico. Podemos ter resolvido, ou quase, a questão da habitação, os filhos podem estar na escola, bem alimentados, recebendo atendimento de saúde, com água tratada e eletricidade, mas não se melhorou o acesso a bons postos de trabalho”, afirmou.
Os dados do IDF estão disponíveis para que as prefeituras possam olhar cada família do seu município. Ali, com nome e endereço, estão todas as respostas dadas pelas famílias sobre cada problema. Uma excelente ferramenta de gestão para que Poços de Caldas possa definir com precisão os investmentos para a população mais carente.
Fonte: O Estado de São Paulo
Vulnerabilidade (0.66): tenta medir o volume de recursos a mais que a família precisa para se sustentar levando em conta se inclui, por exemplo, gestantes, mães amamentando, crianças, adolescentes, jovens, portadores de deficiências e idosos. Quanto mais membros considerados vulneráveis, pior é o indicador.
Escolaridade (0.49): considera o nível de instrução das pessoas da família. Se há analfabetos ou analfabetos funcionais (até quatro anos de escolaridade) o indicador piora.
Acesso ao Trabalho (0.12): avalia a oportunidade que as pessoas têm de encontrar alguma forma de trabalho. Considera se mais da metade dos membros da família está ocupada, se trabalha na área rural, no setor formal ou informal, se recebe mais de 1 salário mínimo. Quanto mais trabalhadores, maior o índice.
Renda (0.78): mede o quanto da renda da família é em dinheiro. Avalia qual a despesa e a renda da família e considera qual a parte do sustento não vem dos programas de transferências de renda. Quanto maior a renda e quanto maior a parte que não vem do Bolsa-Família e outros, melhor o indicador.
Desenvolvimento infantil (0.68): considera se há trabalho infantil na família, crianças fora da escola ou em atraso escolar de mais de dois anos e adolescentes e jovens analfabetos.
Condições de habitação (0.81): Leva em conta se a moradia é própria, se há mais de dois moradores por dormitório, o tipo de material de construção, se há acesso a água potável, saneamento e coleta de lixo adequados e energia elétrica.
De todos os problemas sociais carregados pela população mais pobre de Poços, a falta de acesso ao trabalho é, hoje, o maior deles. São pessoas com baixo nível de educação, pouca renda e perspectivas de futuro menores ainda.
O economista Ricardo Paes de Barros, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), criador do índice, reconheceu que essa é hoje uma característica importante da pobreza em todo o Brasil: “É um grupo que terá dificuldade de se beneficiar do crescimento econômico. Podemos ter resolvido, ou quase, a questão da habitação, os filhos podem estar na escola, bem alimentados, recebendo atendimento de saúde, com água tratada e eletricidade, mas não se melhorou o acesso a bons postos de trabalho”, afirmou.
Os dados do IDF estão disponíveis para que as prefeituras possam olhar cada família do seu município. Ali, com nome e endereço, estão todas as respostas dadas pelas famílias sobre cada problema. Uma excelente ferramenta de gestão para que Poços de Caldas possa definir com precisão os investmentos para a população mais carente.
Fonte: O Estado de São Paulo
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