No final dos anos 1990 tive uma loja em São Paulo. Era um sobrado geminado, devidamente adaptado para o comércio, em rua bastante movimentada na Vila Mariana. O imóvel contava com apenas duas vagas de estacionamento na frente que, por definição minha, eram de uso exclusivo dos clientes. Assim, reduzia as chances de perder negócios por falta de espaço. Meu carro ficava longe.
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Ontem (13/4), na hora do almoço, estive no DMAE para solicitar ("comprar", já que não é grátis) um serviço. Veja só. A rua do DMAE, atrás da Igreja de São Benedito, é sinalizada com placas de "proibido parar e estacionar" nos dois lados. Para ajudar, há uma meia-dúzia de vagas de uso exclusivo daquele departamento, junto à fachada da empresa. Resumindo: não tinha onde estacionar.
. Como me sinto nestas situações? Primeiro, cansado. Parei o carro lá no alto da Rua São Paulo e usei o bom e velho "solado". Depois, me vi desrespeitado, afinal de contas, um veículo oficial merece parar "na porta", muito mais que um consumidor qualquer. Some-se o fato de que o consumo, no caso, é de produto (água) e serviço (ligações) exclusivos da prefeitura. Não tenho opção nem mesmo para escolher de quem vou alugar o hidrômetro.
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Gostaria de seguir o exemplo da foto -caminhão do próprio DMAE- parando bem na placa e sobre a calçada. Mas não vou. Nem por dez minutinhos. Prefiro gastar o sapato, afinal, cliente tem que penar.
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