Enquanto uns festejam de longe a chegada do gasoduto à cidade, outros (como eu), que vivem o tormento de ter que encarar a obra diariamente, são punidos em nome de um "grande futuro" que se descortina para a indústria local. A minha velha amiga de fé, irmã camarada, companheira de tantos momentos difíceis da vida -parafraseando o Rei Roberto Carlos- em seus poucos mais de três quilômetros de extensão, transformou-se numa amostra de como não se deve realizar uma obra.
.
Razões há de sobra para esta queixa:
.
-a Avenida Celanese vem sendo relegada a um plano menos nobre pelo menos nas duas últimas gestões municipais, tendo sido vítima de uma tal de "lama asfáltica" e de sucessivas e ineficazes operações "tapa-buracos", apesar de por ela transitar boa parte do PIB local;
-a obra do gasoduto não é contínua, ou seja, o tubo não é colocado em sequência, mas numa lógica estranha -abriram buracos em pontos diversos, o que interrompe o fluxo em dois ou três locais diversos simultaneamente;
-hoje passei quase meia hora "preso" na avenida, interditada nos dois sentidos. Não houve qualquer aviso prévio, indicação ou alternativa. Simplesmente trancaram, para azar de quem estava na hora errada no lugar errado. Para usar o "juridiquês", cercearam o meu -e de outros-sagrado e constitucional direito de ir e vir. Por sorte só queria ir almoçar, não era uma emergência.
.
Ontem, durante audiência pública sobre orçamento 2010, coloquei o assunto diante da plateia de vereadores e secretários, mas não sei se sensibilizei alguém. Mas pelo menos não vi nenhum bocejo.
.
Só para concluir: a Avenida Celanese está há tanto tempo ruim que, durante a campanha eleitoral do ano passado, nenhum candidato apareceu por aquelas plagas. Acredite, nem pelo voto se arriscaram. Também não vejo qualquer fiscalização municipal -apesar do gasoduto ser estadual, a avenida é da cidade.
.
Prometo aos amigos leitores do Viva Poços! que só voltarei a tocar no assunto no dia da "reinauguração" da Avenida Celanese. Isso se houver, e se tiver asfalto novo, sinalização de solo e "otras cositas más" que uma avenida decente deve ter.
.
Caruso, eu trabalho na M&G Há quase 30 anos e juro que nunca vi esta avenida em estado tão deplorável. Acho que é porque as indústrias que nela se encontram, não fazem o auê todo que "outras indústrias" de Poços fazem e por isso caímos no esquecimento. Quando da inauguração da nova Avenida Celanese, se é que vai haver nova,e creio que muito menos inauguração, pode me contactar que levarei a garrafa de champanhe e apenas dois copos, porque seremos você e eu a festejar.
ResponderExcluir