quarta-feira, 29 de abril de 2009

O "DESAFIO" DO MONOTRILHO

O prefeito Paulo César Silva "desafiou" os proprietários do monotrilho para que coloquem o equipamento em operação até o dia 6 de novembro, como "presente de aniversário" para Poços de Caldas. "Cantei essa bola" no post de 10/4, mas como boato. Não acreditei, e agora o prefeito bancou a história. Caso não viabilizem a operação do monotrilho, o prefeito disse, em entrevista publicada no jornal Mantiqueira de ontem (28/4), que "voltará a discutir o assunto, já que o monotrilho ao longo desses anos é alvo de questionamentos e insatisfação de muitas pessoas".
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Eu sou um desses "insatisfeitos". Primeiro porque não acredito mais no monotrilho. Quero saber que bombeiro dará alvará para uma estrutura de concreto exposta há anos sem manutenção, entre outros detalhes. Falo isso como mero observador, mas gostaria de saber também a avaliação do CREA, por exemplo, para um projeto de 28 anos que só funcionou em caráter precário. Tudo a ser feito em menos de sete meses, incluindo a reconstrução do trecho que desabou em 2003.
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Também não concordo com o prefeito quando ele diz que caso não funcione voltará a discutir o assunto. Há muitos anos li um livro chamado "Odeio Reuniões", do qual gravei um conceito mais ou menos assim: o grande objetivo de toda reunião é marcar outra para tratar do mesmo assunto. Foi o que aconteceu, perdendo a chance de resolver definitivamente a questão, ou seja, se não funcionar o próximo passo já está resolvido. Que provavelmente será deixar como está para ver como é que fica, já que na mesma entrevista o prefeito asseverou que não há como "romper" o contrato. O contrato, na prática, é uma lei municipal, sancionada pelo aclamado prefeito Ronaldo Junqueira, sob número 3.119, de 1981, que dá a concessão por 50 anos para exploração do serviço.
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Estou tranquilo. Restam só 22 anos. Até lá terei -se o bom Senhor assim permitir- 69 anos, com boas chances de levar meus netos para olhar para o trenzinho lá no alto do Terminal, do mesmo jeito que olhamos hoje para uma antiga Maria-Fumaça encostada em uma estação qualquer.
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