RADARES

Finalmente foi publicado o resultado da licitação para "locação, instalação e manutenção de medidores fixos de velocidade, equipamento fixo tipo lombada eletrônica e medidor estático de velocidade para uso do Demutran em controle e fiscalização de trânsito", conhecidos popularmente como "radares". Esta é a boa notícia. A má é que a operação vai custar R$ 25.800 por mês, ou R$ 309.600 ao ano.

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Se de um lado é bom ter controle, do outro fica a dúvida: como é que esta despesa vai ser paga? Será "auto-sustentável", criando não a redução de velocidade e acidentes, mas uma indústria de multas? Haverá sinalização suficiente e em tamanho visível ou repetiremos a receita de nossa vizinha Águas da Prata, que até recentemente tinha lá um "radar" escondido atrás de uma lixeira? E a receita com as multas, vai ser aplicada na melhoria do trânsito, como manda a lei, ou vai para o caixa-geral da prefeitura? Radares não podem virar caça-níqueis.

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É preciso cuidado também com os turistas, sob pena de Poços ficar tão famosa quanto uma cidade do ABC paulista, cujos carros portavam adesivos convidando: VISITE NOSSA CIDADE E GANHE UMA MULTA.

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Ainda não sabemos os pontos onde serão instalados os radares, mas eu aposto desde já em dois: um na Avenida Alcoa, nos trechos de 40km/h -para pegar quem passar a 50 km/h; outro na saída para São Paulo, no Bortolan, trecho de 60 km/h pouco antes da rodovia. Dinheiro fácil? Espero que não.

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Enquanto isso, a Rua Junqueiras continua parada, os caminhões continuam livres pelo centro, os carros de som andam na velocidade que interessa aos anunciantes e a Avenida Celanese... ah, prometi que não falaria mais dela!

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