O sindicato do funcionalismo municipal tem marcado presença constante na mídia, especialmente pelo suposto desaparecimento de meio milhão de reais de suas contas. "O assunto já está nas esferas competentes", de acordo com a direção do sindicato. Se é mesmo verdade que o dinheiro sumiu, já que não há nada formalmente publicado e as respostas sempre apontam para "o caso está na polícia", é possível saber que a conta do sumiço está custando caro aos servidores associados.
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É o que se apura numa análise superficial do "Demonstrativo de Receitas e Despesas" publicado hoje pelo sindicato na imprensa. O balanço refere-se ao último quadrimestre de 2008, atrasado, já que estamos quase no meio de 2009.
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Lá é possível observar que o sindicato (leia-se associados, funcionários públicos municipais) gastou, no período, nada menos que R$ 28 mil de honorários advocatícios e R$ 14 mil de auditoria contábil, certamente boa parte desses valores na apuração e encaminhamento do "caso do dinheiro sumido". Chama atenção também nas contas do sindicato as despesas com telefonia ("2 linhas fixas e 5 linhas móveis", como apresentado), totalizando R$ 7,3 mil ou cerca de R$ 1,8 mil por mês, muito alta para uma entidade que gasta mais de R$ 250 mensais em internet e poderia lançar mão do Skype ou equivalente, como fazem as empresas privadas. Muito bem informado, o sindicato investiu no quadrimestre R$ 800 em assinaturas de jornais e revistas.
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Apesar de todos os problemas, o balanço fecha o ano de 2008 com R$ 46 mil em caixa. No futuro este valor pode crescer, se os tais R$ 500 mil reaparecerem. Não acredito, mas se acontecer serei o primeiro a aplaudir. De pé.
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