"A REBIMBOCA DA PARAFUSETA"

"Deu pânico no periférico". Pelo menos 15 pessoas, entre turistas e habitantes, pagaram seus pecados, "à deriva" ontem no nosso glorioso Teleférico. De acordo com as notícias, o tempo total de penitência foi de 15 minutos, suficiente para que algumas senhoras realizassem suas preces, de olhos grudados no Cristo Redentor lá no alto da Serra.

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Problemas acontecem, e toda máquina está sujeita a defeitos. O que é impressionante é a entrevista da secretária de Turismo, publicada no Mantiqueira de hoje, que reproduzo: "Tereza relata que desde quarta-feira (27) uma peça com mau contato na mesa eletrônica de comando havia sido identificada e em contato com o DME foi informado que os usuários não seriam expostos a qualquer tipo de risco". Até aqui, com o perdão do DME, estou "chocado".

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Mas o pior vem a seguir, na entrevista: "Mesmo que houvesse uma parada no equipamento, isso seria solucionado com o acionamento do motor auxiliar e optamos por colocar o teleférico em funcionamento hoje, já que não haveria esse risco à vida ou à saúde dos usuários. Mas, graças a Deus, tudo foi contornado sem grandes problemas, afirma a secretária".

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Faço algumas perguntinhas: as 15 vítimas que embarcaram na "canoa suspensa furada" foram avisadas de que poderiam ficar lá no alto, de castigo? É exigido atestado de saúde para garantir aos passageiros, alguns idosos, que estes não correriam o risco de passar mal, até por medo de não saber o que está acontecendo? Não teria sido correto suspender a operação até que a tal placa fosse trocada? E a mãe que estava com crianças e teve que driblar o próprio medo para não assustar os filhos? Como dizia minha avó, "tenha a santa paciência!".

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Diz um amigo meu: "o trenzinho que sobe... é o mesmo que desce". Mas às vezes ele não sobe, e assim, não desce. Mas numa coisa tenho que ser justo: o Teleférico anda bem limpo. Inclusive, recentemente, o caixa do equipamento foi devidamente "limpo" num roubo.

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