Os blogs começaram como diários pessoais e descambaram - no bom sentido- para uma mídia alternativa, especialmente aqueles escritos por jornalistas. Foi o caso do Viva Poços!.
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Mas hoje vou dar uma de blogueiro "original", pelo simples fato de que estou mudando de casa. Parece coisa simples mas, para começar, não posso usar meu computador. Aquelas coisas de trocar conexão, montar e desmontar o micro.
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A mudança me trouxe a lembrança de um passatempo que cultivei durante muitos anos com meu querido pai, dono de humor refinadíssimo: assistir aos episódios da séria Seinfeld. Vimos várias reprises, sabíamos o fim das histórias, mas sempre ríamos de algum detalhe, tirada ou comentário que havia passado despercebido antes. Depois que meu pai se foi, não assisti mais. Sem as gargalhadas do velho Caruso não é mais a mesma coisa.
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Num determinado episódio, Seinfeld fala que, ao longo da vida, estamos sempre mudando. Eu emendaria dizendo que mudamos de tamanho, de fisionomia, de cabelo (às vezes eles é que se mudam!), mudamos de trabalho, de cidade, de amigos. Mudamos de religião. Mudamos até de família! Mudamos de casa, e sobre isso o comediante diz que, nessas horas, estamos à procura de caixas. Não adianta: por mais que as empresas especializadas em mudanças tenham evoluído, usando enormes caixas de isopor ou madeira, roupeiros especiais, etc., certas coisas nós mesmos temos que encaixotar, desde fotos e seus porta-retratos até algumas miudezas, daquelas que você não admite mãos estranhas nem perto. Eu, por exemplo, tenho uma coleção de miniaturas de carros. Completamente inacessível a "pessoal não autorizado".
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Assim, vamos ao supermercado ou lojas e ficamos "namorando" caixas: "tem caixas"? ou "preciso de caixas, sabe como é, casa nova, posso levar aquela?" .
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De mudança em mudança, de caixa em caixa, vamos passando pela vida. O único ponto ruim desta história de caixas -de acordo com Seinfeld, com quem divido a opinião- é que, finalmente, quando encontramos "aquela" caixa, a mais bonita e bem feita, estamos dentro dela!
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Welcome, queridos (novos) vizinhos!
ResponderExcluirComo foi a primeira noite com barulho zero? Esse é um dos privilégios de morar "longe de tudo" como dizem alguns amigos poçoscaldenses que nunca moraram, como nós, em lugares como São Paulo...
Sandra,
ResponderExcluirPode ter certeza de que não apenas uma noite com barulho zero e o ar mais puro da região marcaram nossa chegada na vizinhança, mas sua visita, o bolo delicioso que nos trouxe e claro, todo o carinho que nos dedicou.
Muito obrigada!