segunda-feira, 8 de junho de 2009

EMERGÊNCIA? SEM SAÍDA!

Sábado fui ver o show de Marco Luque na Urca. Já contei aqui a epopeia (palavra agora "sem acento") que foi a compra dos ingressos, sem lugares definidos -o público senta onde puder, por ordem de chegada ("sem assento", com perdão do trocadilho). Pois bem: chegamos, eu e família, às 19:40 -sabem o que aconteceu? "Fundão"! Felizmente existem microfones e caixas acústicas.
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Mas não foi isso o que me mais me impressionou. O show é bom, o ator idem. O que me incomodou profundamente foram dois detalhes inadimissíveis para quem tem um mínimo de foco num assunto chamado segurança.
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Primeiro: logo que entrei, percebi que cadeiras plásticas, dessas ordinárias, foram colocadas em "complemento" às fileiras de cadeiras fixas do teatro. Objetivo: aumentar "na marra" a capacidade da casa. Há a questão do desconforto, pois os corredores são em rampa e as cadeiras, com pés alinhados, acompanham a inclinação. Até aí "azar" de quem pegou uma dessas, apesar de pagar o mesmo preço de uma cadeira "almofadada". O problema é que estas mesmas cadeiras foram levadas por seus ocupantes para mais perto do palco, simplesmente obstruindo os corredores. Qualquer anormalidade e a circulação estaria obstruída, além das próprias cadeiras servirem para impedir uma saída em emergência. Imagine.
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Segundo: falando em "saída de emergência", a foto acima esgota o assunto -nem mesmo a própria saída de emergência (note as alavancas especiais que há na porta, justamente para momentos de pânico) foi poupada. Mais cadeiras plásticas simplesmente trancavam a passagem. Claro que a foto foi feita antes do início do show, e pouco mais tarde todos aqueles espaços estavam ocupados.
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Este é um assunto seríssimo, que envolve o risco de vida ou lesões em inocentes, e deve ser revisto e fiscalizado com rigor pela prefeitura, "dona" do teatro, e pelos órgãos de proteção, especialmente os Bombeiros. Lamentável. A recente tragédia de Jaguariuna deve sempre estar na mente de quem se pretende organizador de eventos, quem se considera mecenas e quem se investiu da autoridade pública.
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Uma vida humana vale muito mais que R$ 50. E nem sempre a providência divina socorre a tempo.
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Um comentário:

  1. Caruso,
    lamentavel e lastimavel estas cenas.
    Eu como atuo na area de segurança do trabalho, vejo estas cenas e fico horrorizado..
    Sem dizer nos decaso de quem paga 50,00 e tem que ficar sentado em cadeira de plastico..
    Revoltante!!

    Kd a inspeçao do corpo de bombeiros?? kd a direcao do "teatro" ??

    vc lembrou bem sobre a tragedia de Jaguariuna!

    Sao vidas que estao sendo colocadas em risco por pessoas que so pensam e querem $$$..


    Pensem !!!

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