O amigo leitor sabe o que é uma cidade-irmã? E por acaso sabe se Poços de Caldas tem cidades-irmãs e quais são? Afinal, para que serve uma cidade-irmã? E os vereadores, que aprovaram por unanimidade a Mensagem 53/09, de autoria da Prefeitura, que culminou na criação de recente irmanação de Poços de Caldas, será que sabem? Todas essas dúvidas decorrem da leitura do edital publicado dia 22/10, que trata da Lei 8.601/2009, concedendo o título de cidade-irmã à cidade de Mar del Plata, na Argentina, “em virtude das condições turísticas comuns a ambas as cidades”, de acordo com a Lei.
.
No corpo da Lei é possível ler algumas curiosidades, como “as cidades empreenderão esforços para a promoção de intercâmbio de conhecimentos e experiências nas áreas turística, desportiva, recreativa, econômica, comercial, cultural e acadêmica”, tudo muito abrangente e ao mesmo tempo vago. Essa coisa de “empreenderão esforços” já liquida o assunto. Pode ser que um time de futebol venha bater uma bolinha aqui e vice-versa, uma ou outra autoridade faça uma reunião lá ou cá, mas trocar experiências com uma cidade litorânea de 600 mil habitantes, com forte presença de cassinos, não faz muito sentido.
.A Lei destaca ainda que os chefes dos executivos e legislativos das duas cidades assinarão os Atos, “por se tratar de homenagem prestada pela população de Poços de Caldas”. Prefeito e Vereadores são representantes do povo, e foram eleitos para isso. Mas esse gesto de carinho para com “los hermanos” soa desconhecimento das relações entre Brasil e Argentina, invariavelmente sacudida no campo comercial –o Mercosul que nunca decola é prova disso, já que as duas maiores potências do chamado Cone Sul só se acertam no futebol, e quase sempre nas canelas.
.
Qualquer um dos catorze detentores de mandatos muncipais, se minimamente antenado em relações internacionais e que lesse pelo menos um jornal de circulação nacional todo dia, saberia que o governo brasileiro analisa “medidas para responder com dureza à onda protecionista no país vizinho, sob efeito da irritação causada pelo desvio do comércio biltateral para produtos chineses. Automóveis, autopeças, alimentos e laticínios poderão entrar no sistema de licenciamento não-automático das importações no Brasil”, como informou o Jornal Valor Econômico em julho passado.
.
No corpo da Lei é possível ler algumas curiosidades, como “as cidades empreenderão esforços para a promoção de intercâmbio de conhecimentos e experiências nas áreas turística, desportiva, recreativa, econômica, comercial, cultural e acadêmica”, tudo muito abrangente e ao mesmo tempo vago. Essa coisa de “empreenderão esforços” já liquida o assunto. Pode ser que um time de futebol venha bater uma bolinha aqui e vice-versa, uma ou outra autoridade faça uma reunião lá ou cá, mas trocar experiências com uma cidade litorânea de 600 mil habitantes, com forte presença de cassinos, não faz muito sentido.
.A Lei destaca ainda que os chefes dos executivos e legislativos das duas cidades assinarão os Atos, “por se tratar de homenagem prestada pela população de Poços de Caldas”. Prefeito e Vereadores são representantes do povo, e foram eleitos para isso. Mas esse gesto de carinho para com “los hermanos” soa desconhecimento das relações entre Brasil e Argentina, invariavelmente sacudida no campo comercial –o Mercosul que nunca decola é prova disso, já que as duas maiores potências do chamado Cone Sul só se acertam no futebol, e quase sempre nas canelas.
.
Qualquer um dos catorze detentores de mandatos muncipais, se minimamente antenado em relações internacionais e que lesse pelo menos um jornal de circulação nacional todo dia, saberia que o governo brasileiro analisa “medidas para responder com dureza à onda protecionista no país vizinho, sob efeito da irritação causada pelo desvio do comércio biltateral para produtos chineses. Automóveis, autopeças, alimentos e laticínios poderão entrar no sistema de licenciamento não-automático das importações no Brasil”, como informou o Jornal Valor Econômico em julho passado.
.
Diz ainda o jornal que “a tolerância pré-eleitoral com as restrições argentinas deverá ser substituída por uma postura mais agressiva. Para um funcionário graduado do governo brasileiro, a aplicação de medidas contra produtos argentinos é a 'única linguagem' entendida pela Casa Rosada. Apesar de arriscada, trata-se da melhor estratégia para reverter uma situação tida como 'absurda' em Brasília". Ou seja, essa irmanação com uma cidade Argentina pode no futuro até ser interessante para Poços de Caldas, mas no momento é no mínimo inoportuna.
Particularmente acredito que é mais um ato que vai para o esquecimento, como foram –respondendo a uma das dúvidas do início do texto– nossas “irmãs” Caldas da Rainha, em Portugal, ou Jundiaí, em São Paulo, cujos sites oficiais simplesmente ignoram a existência de Poços de Caldas. O nosso pelo menos tem links para as cidades.
Particularmente acredito que é mais um ato que vai para o esquecimento, como foram –respondendo a uma das dúvidas do início do texto– nossas “irmãs” Caldas da Rainha, em Portugal, ou Jundiaí, em São Paulo, cujos sites oficiais simplesmente ignoram a existência de Poços de Caldas. O nosso pelo menos tem links para as cidades.
.
Já a mais importante cidade-irmã, Mount Vernon, nos EUA, que recentemente recebeu nossa delegação oficial, merece todo nosso carinho no site da Prefeitura de Poços por meio de um link para o site deles (http://www.ci.mount-vernon.ny.us/) que, acredite, não funciona! O endereço correto do site daquela cidade é http://cmvny.com/ ...
.
Preciso dizer mais alguma coisa?
.
me recuso a ser irmão de archentchino.......rsrsrsrsrs
ResponderExcluir