quarta-feira, 14 de outubro de 2009

NEM INDIANA JONES AGUENTA

Ninguém pode negar que aquela característica de turismo bucólico em Poços de Caldas ficou no passado. O que manda hoje é o turismo radical, de fortes emoções. E o nosso maior expoente nesse setor é o glorioso Teleférico. Confira a cronologia a seguir:
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26/02/07 - EPTV - O teleférico de Poços de Caldas ainda está desativado. Na semana passada, cerca de 30 pessoas ficaram presas por 1h30m após uma pane no sistema. Segundo a secretária de Turismo, o problema que fez o teleférico parar já foi solucionado, porém, irão aproveitar a baixa temporada para refazer o painel elétrico. A revisão dará mais segurança aos usuários do equipamento. Não há prazo para que o bondinho volte a funcionar.
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29/05/09 - Viva Poços! - Pelo menos 15 pessoas, entre turistas e habitantes, pagaram seus pecados, "à deriva" ontem no Teleférico. De acordo com as notícias, o tempo total de penitência foi de 15 minutos, suficiente para que algumas senhoras realizassem suas preces, de olhos grudados no Cristo Redentor lá no alto da Serra. A secretária de Turismo relatou que uma peça com mau contato na mesa eletrônica de comando havia sido identificada e em contato com o DME foi informado que os usuários não seriam expostos a qualquer tipo de risco.
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05/06/09 - Viva Poços! - Em 15 de maio a prefeitura publicou edital de pregão ao qual "não acudiram interessados em participar do certame". Nenhuma empresa, seguradora ou corretora, se interessou em fazer o seguro do teleférico, pelo menos nas condições propostas no pregão.
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13/10/2009 - EPTV -Uma pane parou o teleférico da cidade de Poços de Caldas, no Sul de Minas, na tarde desta segunda-feira, durante forte temporal. No momento da parada 10 cabines, com cerca de 30 pessoas, estavam em movimento. Os turistas tiveram de ser retirados por homens do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal.
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Prestes a ser despejada também da Thermas, após sair correndo do Palace Casino, sugiro -abrindo mão de todos os meus conceitos de preservação histórica e ambiental- que a Secretaria de Turismo seja instalada lá no alto da Serra, de modo que todo o staff daquela repartição passe a usar diariamente o teleférico, secretária inclusive. De lá pode ser mais fácil também a observação da chegada de aguma tempestade, confiando-se a alguém com autoridade e responsabilidade a parada imediata do equipamento. Inclusive nos feriados.
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Por enquanto tudo não passou de sustos. Mas até o olhar complacente do nosso Crsito Redentor tem limites. Basta de passarmos vergonha diante da mídia e dos nossos visitantes. O assunto requer seriedade. E nem sempre vai dar para culpar São Pedro.
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Ou será que estou errado e apenas "pegando no pé"?
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Um comentário:

  1. Eu estive aí na semana passada com minha esposa e andamos no teleférico. Ainda bem que só vimos essa matéria quando já estávamos de volta aqui no Rio de Janeiro, porque se eu conheço a esposa que tenho, ela não iria entrar no bondinho nem amarrada se lesse o que está escrito aqui.

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