sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

COMO RESTAURAR A POPULARIDADE?


Ainda em Blumenau, SC - Corre pelos blogs e pela imprensa de Poços a história de uma pesquisa de popularidade da atual gestão municipal. Pessoalmente acho que esse tipo de pesquisa não tem utilidade outra a não ser massagear o ego dos que compram esse serviço. Quem tem a consciência tranquila do bom serviço prestado só pode se dar mal numa avaliação dessas se for muito ruim de mídia, o que não é muito o caso.
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Acompanhando à distância a notícia do inacreditável fechamento do Restaurante Popular, não há como não se ressentir da situação da vice-chefe do executivo, que parece cumprir a sina de carregar um mico colossal cada vez que assume a titularidade do município -recentemente ela protagonizou um erro estratégico-político, claramente mal amparada pelas assessorias da Francisco Salles, quando encaminhou às pressas uma correspondência à Câmara Municipal, que minutos antes havia deliberado uma intervenção estadual no caso ainda não resolvido da passagem do furacão Sollus em Poços de Caldas (aqui no sul do País noticia-se a relação do Instituto com a prefeitura de Porto Alegre, já nas mãos da Polícia Federal, esta cumprindo mandados de busca e apreensão, já que "há indícios de notas fiscais falsas e dúvidas na realização de serviços sem relação com a área da saúde". Mas esse é assunto para depois.
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Não surpreende -e vou explicar mais adiante o motivo- a publicação ontem, no site oficial da prefeitura, da notícia que o Restaurante Popular "deve" voltar a funcionar na próxima segunda. Trata-se de fato escandaloso, porque pune justamente o cliente, aquele para quem o Restaurante foi inaugurado a toque de caixa, evidentemente visando o que todo político adora, às vésperar de um pleito.
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Sobrou de novo para a vice tentar explicar o que não dá para explicar: as razões da paralisação de um serviço da importância desse, algo como fechar o terminal de ônibus ou um pronto-socorro. No caso do Restaurante os dedos oficiais estão apontados para a concessionária do serviço, uma empresa privada contratada para administrar um serviço público. Eu aponto o meu indicador, sem remorsos, para a Municipalidade, que construiu, inaugurou com pompa e colocou o serviço nas mãos de terceiros. Ao chefe do executivo cabe chamar para si a responsabilidade, como fez rapidamente no caso da tentativa de exclusão das linhas de ônibus da Avenida Celanese.
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Culpar o contratado é assumir, não expressamente, claro, a incapacidade de gerenciar sua própria cozinha. O motivo do assunto não surpreender é que -deixando de lado os problemas de ordem física do Restaurante, que passou por reformas meses após aberto ou as furadíssimas explicações da secretária de Promoção Social sobre o tiquete dobrar de valor- na sessão da Câmara Municipal do dia 25 de agosto de 2009, o vereador Flávio repassou, e consta na ata daquela sessão, que havia recebido em denúncia num programa de tv que os funcionários do Restaurante não estavam recebendo seus salários. Cabe uma boa metáfora: tinha palmito na salada! Não seria sem motivo que alguém faria uma denúncia dessa magnitude, rapidamente desmenida e convenientemente esquecida, escancarando que alguma coisa cheirava mal nos fogões do Restarante.
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Na linha dos panos quentes, a mesma nota oficial tenta minimizar o fato, o que, com perdão do trocadilho, não dá para engolir. Dizer que já estão tomando as providências legais cabíveis equivale a colocar tranca em porta arrombada.
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Que o caso não fique sem culpados. Pelo menos um mordomo tem que ser defenestrado, sob pena de condenarmos quem menos culpa tem: o cliente, no caso o Povo. Com "P" maiúsculo, sempre!
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Uma coisa é certa: essa aparente marolinha fez balançar, e muito, o transatlântico que ora carrega o atual chefe do executivo, gozando merecidas férias pela costa brasileira, de acordo com os paparazzi locais, naufragando todo o discurso da secretária de Promoção Social, que afirmou também, ainda tentando justificar, meses atrás, o valor das refeição dobrado: "Nosso restaurante é modelo no Brasil". Deve ter sido, quando funcionou direito. Tomara o Povo não digira essa história em silêncio. As autoridades contam com essa paciência mineira para manter a popularidade nas nuvens.
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Duas dicas imperdíveis para quem gosta de blogs: a volta do blog do Polli, em http://www.blogdopolli.zip.net/ e a estreia do ex-prefeito Paulo Tadeu em http://www.paulotadeudarcadia.blogspot.com/ .
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