segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O ACIDENTE DE FELIPE MASSA

Deveria servir de exemplo para nossa Prefeitura e sua Secretaria de Obras, na figura de seus titulares, o improvável acidente sofrido por Felipe Massa ano passado, durantes os treinos do GP da Hungria, quando uma pequena peça atingiu a cabeça do piloto, com as consequências que todos vimos e revimos.
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Enquanto não dão uma solução digna à Avenida Celanese, a Prefeitura e sua Secretaria de Obras vão fazendo verdadeira colcha de retalhos, numa forma quase desesperada de dar sobrevida ao Frankenstein asfáltico do trecho de pouco mais de três quilômetros.
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O ridículo, para não dizer absurdo, aconteceu semana passada, quando uma equipe da Prefeitura e sua Secretaria de Obras -talvez até uma contratada dessas- esmerou-se em fazer "o estranho, o bizarro, o inesperado", como dizia o texto de abertura da antiga séria "Acredite Se Quiser": boa parte da centena de crateras da Avenida Celanese recebeu uma camada de areia e pedra britada. É o pior que se pode imaginar numa já deplorável operação tapa-buracos.
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Não é preciso ser um jornalista especializado da área de automóveis para saber do enorme risco a que a Prefeitura e sua Secretaria de Obras estão expondo motoristas, motociclistas e pedestres que utilizam a avenida. Um caminhão de 360 cv tracionando (acelerando), andando a 60 km/h, consegue jogar uma pedra dessas (a da foto acima, maior que um celular, pesa 534 g) do chão a uma velocidade impressionante, capaz de arrebentar um parabrisas ou pior, a cabeça de um ser humano. Some-se a velocidade da pedra à velocidade da vítíma e o estrago quase sempre é fatal. Engenheiros medianos sabem disso; um titular de primeiro escalão, qualificadíssimo, nem se fala. Desnecessário dizer dos riscos de frenagem sobre pedras soltas. Pior sempre para as motos.
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Passou da hora da Prefeitura e sua Secretaria de Obras assumirem de vez o problema da Avenida, respeitando os cidadãos que a utilizam e as empresas ali sediadas. Chega de culpar as chuvas, o excesso de tráfego pesado ou a demora de liberação de um troco de verba estadual. Chega de remendos primários, de lamas asfálticas precárias. Chega de vereadores omissos, que conhecem o problema mas não vão ao local nem para mendigar votos em véspera de campanha.
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E, mais que tudo, chega de irresponsabilidade!
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Clique na imagem para ampliá-la e surpreenda-se com o tamanho da pedra (no detalhe), coletada no buraco que aparece na foto. Agora não sei se devolvo a pedra ao buraco e contribuo para o risco de acidentes, se fico com ela e corro o risco de ser processado por furto ou a entrego na Prefeitura e sua Secretaria de Obras.
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