No BNH das verbas públicas ou meio-privadas, realizar o projeto da construção é muito mais fácil do que na vida nada virtual dos que dependem da precariedade de salários rasteiros ou mirabolantes projetos habitacionais oficiais, nos quais o cidadão pé-no-chão entra, invariavelmente, no mínimo com o braçal mutirão. Que o diga o recém-desverticalizado DME, autor do edital publicado em 23 de março, informando a "contratação de empresa para elaboração de projeto executivo de arquitetura e demais projetos executivos complementares para a construção da sede administrativa do DME-PC". O projeto do novo prédio estava disponível em http://www.dme-pc.com.br/editais.php?modalidade=Tomada de Preço , mas o link foi removido antes do fechamento dessa postagem.
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Para a construção do "Paço Municipal Energético", prédio que deverá ter uns 6 mil m2 de área construída, em terreno de 2 mil m2 na esquina das ruas Pernambuco e Amazonas, com pelo menos quatro pavimentos, sendo dois subsolos (as medidas são meras estimativas, já que não localizei no calhamaço eletrônico das especificações do projeto a metragem total), o DME já sai eletrocutando R$ 200 mil apenas na "elaboração dos projetos", reproduzindo palavras do próprio edital. Sabe-se lá o valor total da obra pronta, que certamente está saindo das contas de energia da população, a exemplo desses "duzentinhos" acima. Não espere nada muito singelo, afinal, uma cidade que vai ter seu próprio Niemeyer merece mais e mais edificações vistosas, verdadeiros mostruários da Blindex. Esqueçam aquelas "bobagens" de prédios históricos, palaces, cassinos, termas. A onda é o porvir. O futuro está aí. E, tal como no projeto Niemeyer, haverá alguém a justificar que "nem é tão caro assim" ou "nesse valor estão incluídos diversos projetos". Definitivamente: o ignorante serei eu, que perdi a noção do dinheiro? Ou será que em Poços o capital abunda?
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Uma coisa é certa: se depender do resultado de reuniões no novo prédio, a população estará muito bem servida -nada menos que cabalísticas sete salas de reuniões estão previstas no projeto. Haja reunião! Parafraseando o finado e inigualável Ataíde Patreze, o DME "é simplesmente... um luxo"!
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Tirando o dedo da tomada, uma dúvida que me atormenta há tempos, e que ficou maior nessa crise de transporte na cidade: com tanta disponibilidade de energia, Poços não tem (e até onde minha vista alcança nunca teve) ônibus elétricos. Alguém pode me explicar?
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Tirando o dedo da tomada, uma dúvida que me atormenta há tempos, e que ficou maior nessa crise de transporte na cidade: com tanta disponibilidade de energia, Poços não tem (e até onde minha vista alcança nunca teve) ônibus elétricos. Alguém pode me explicar?
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Caruso,
ResponderExcluirNa reunião realizada no último dia 30, entre Prefeitura, Circularre e Ministério Público, propusemos a adoção paulatina de ônibus elétricos, visando emissão de ruídos e CO². A empresa respondeu que deve aderir a estes ônibus (ou movidos a hidrogênio) nos próximos anos (mencionou sete anos), pois, atualmente, um veículo com baterias elétricas custa mais de um milhão de reais. Realmente, deveria existir uma política fiscal para reduzir custos de veículos com maior eficiência ambiental.
Sidnei Boccia
Caruso,
ResponderExcluirjá faz um bom tempo que mando mensagens para a prefeitura de Poços, porém, nunca obtive resposta, sem contar que, a área "Fala Cidadão", funciona uma vez ou outra.
Esta semana mandei perguntas sobre os flanelinhas, mas até agora nem sinal.
O senhor já tentou ou sabe de alguém que tentou contato com a prefeitura pelo site e conseguiu?
Caruso.
ResponderExcluirParafraseando o lindo refrão da musica "recordar é viver...." e neste caso recordar é sofrer, a sede do DME na Rua Amazonas foi adquirido pela bagatela de aproximadamente R$800.000,00 e posteriormente gasto em torno de R$300.000,00 para a reforma e adequação da sede.
Em se tratando do DME, que tem ou tinha um pujante caixa, falar de mil ou milhões é quase coisa corriqueira, para não dizer usual.
O município como em uma transfusão de sangue, já tem o seu tubo conectado na artéria do DME, que através de lei retirou (e agora não sei o quanto retira), mensalmente R$1.200.000,00, que foi utilizado na obra que a cada chuva se desmancha da Avenida Alcoa. Ah !!!. De tanto falar em milhões, já estava me esquecendo dos R$14.000.000,00 caridosamente destinados a Santa Casa com tanta Misericórdia.
Agora com a disverticalização, o que muda é só a espessura do tubo conectado na artéria do DME, pois aonde gastar ou cobrir rombos não será o problema, eles estão ai e alguns confessos.
Quanto a construção da sede do DME-PC , será apenas mais alguns milhãonzinhos que o povo nem vai sentir pois a picada da agulha na veia já foi dada e quase sem sentir vê o sangue lentamente sair.
“Mas eu preferia meu caro Caruso, ter o dedo na tomada, do que ter o meu sangue sugado até a ultima gota e sem ao menos poder dizer “no mais, estou indo embora baby.” Salve Zé Ramalho.
Rogério Carrilo
Ao Leitor que pergunta sobre retorno nos contatos com a Prefeitura, esclareço que não é privilégio seu. Por regra sempre que tento contato com autoridades tenho o cuidado de solicitar "notificação de leitura" e boa parte deles são lidos, todavia muito, mas muito raramente respondidos. Exemplo é o projeto de preservação dos Pilares da Mogyana -cujo conteúdo encontra-se aqui no VivaPoços!-, enviado recentemente a todos vereadores, alguns secretários e ao chefe do executivo. Pergunte-me se alguma autoridade deu resposta...
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