quinta-feira, 6 de maio de 2010

RESPEITO É TUDO DE BOM


Terça-feira liga uma figura em casa depois das 8 da noite. Ocorre um diálogo mais ou menos assim:
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-Senhor Rubens Caruso Jr.?
-Eu mesmo.
-Boa noite, aqui é a fulana (esqueci o nome) do Banco do Brasil, tudo bem?
-Depende. Se vc ligou na minha casa, no meu horário de descanso, para me empurrar alguma coisa que eu não preciso ou não quero, não está nada bem.
-Veja bem. Eu liguei à tarde, uma pessoa atendeu e disse que eu ligasse à noite.
-Muito bem. Quem é essa pessoa? E por isso você acha que pode ligar na minha casa, à noite? E como é que você tem meu telefone?
-Não guardei o nome da pessoa. Veja bem, eu tenho seu telefone e o seu celular (diz o número), porque o Banco do Brasil, como banco oficial, utiliza informações que o senhor fornece a cadastros oficiais.
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Aí meu sangue calabresi ferveu.
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-Como assim? São informações confidenciais! Não podem ser usadas para quem quer que seja me vender alguma coisa.
-Mas o senhor pode estar contatando o Procon e pedir para não receber chamadas assim.
-Eu não posso estar fazendo nada. Então como sei que essa ligação está sendo gravada, já deixo bem claro aqui, com todas letras, que eu não quero que o Banco do Brasil ligue na minha casa, no meu horário de repouso, para tentar me empurrar conta, cartão, plano de previdência, qualquer coisa, entendido?
-Mas seu Rubens...
-Fulana, faz o seguinte. Me diga o número do seu telefone. Vou ligar mais tarde na sua casa com uma oferta sensacional, que você vai adorar.
-Mas seu Rubens, entenda que eu estou apenas cumprindo ordens.
-Perfeitamente. Então chame o seu chefe, quero falar com ele.
-Não posso.
-Ora, se você está cumprindo ordens, quero falar com quem dá as ordens.
-Não posso, seu Rubens.
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Ato contínuo, a ligação é encerrada, não da minha parte, claro.
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Falta de respeito? Invasão de privacidade? Sim, mais a famigerada "economia na base da porcaria". Antigamente as empresas tinham que gastar muito dinheiro fazendo "malas-diretas". Agora, nada que uma boa lista telefônica e uma moça mal orientada e, principalmente, mal remunerada, não resolvam. Evidente que deve haver uma comissão por negócio efetivado. Mas daí tomarem a liberdade de entrar na minha casa, sem minha odem, é muito abuso. Exceto, claro, se for o telefonema de algum diretor da Ferrari oferecendo um test-drive de um mês com algum modelo da marca.

Tentei um contato com o Procon de Poços para saber como faço o bloqueio do meu telefone de modo a não mais receber estas chamadas, tal como há em São Paulo. Mas o Procon daqui só funciona depois do meio-dia... Assim que conseguir a informação atualizo no blog.
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Muito bem. Falei com o Procon e em Minas Gerais não existe esse Cadastro de usuários que bloquearam seus números de telefones. Vou dar a dica, quem sabe algum deputado estadual se anime: é a Lei 13.226/2008, do estado de São Paulo, de autoria do deputado Jorge Caruso (é coincidência, ok?), uma lei bem enxuta, que diz que "o Cadastro tem por objetivo impedir que as empresas de telemarketing, ou estabelecimentos que se utilizem deste serviço, efetuem ligações telefônicas não autorizadas para os usuários nele inscritos".
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4 comentários:

  1. Quem mandou ter telefone fixo !!!! Isso é coisa do passado !!!

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  2. “Mas tchê, tas estressado! Ba”.
    Veja bem recebo inúmeras ligações desse tipo e reajo diferente. As geralmente moças do outro lado da linha riem e inusitadas desligam o telefone logo.
    Para isso como é comum, posso até ensaiar um trecho para que saibas como se faz aqui no sul deste teu Brasil.
    Diz a moça, altas horas:
    O Sr Gostaires esta? Sim é ele: digo eu.
    Sou do branco do B......, quero vender alguma coisa...
    Mas moça ‘tou quebrado por esses cartões que vendes’, eram tantos me roubaram e agora passei a abrir créditos em estabelecimentos com esse nome que ligastes.
    E acrescento: “Gostaiiiiires” não exiiiiste, já morrrreu, não nasceuuuu...
    Sei lá se fosse tuuuu...
    E ai cai à linha!

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  3. Amigo Gostaires, muito boa! Minha saída para estes indesejaveis telefonemas é mais ou menos assim: " Ah! Moça, bem que eu queria um cartãozinho extra, mas estou desempregada e devendo na venda do bairro. Acho que vcs não vão querer me dar um, vão?"
    Muito bom encontrá-lo por estas bandas. E o livro? Já foi lançado?
    Um abraço!

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