Indubitavelmente (bacana essa palavra...) o fato político da semana que passou foi a demissão da secretária de turismo. Aliás, no funcionalismo ninguém se demite ou é demitido, mas, eufemisticamente (essa também é bacana...) exoneram-se, ou pior e mais raro, são exonerados.
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A questão rendeu muito nas diversas centrais -oficiais ou não- de fofocas que há na cidade. A mais interessante, e preocupante, foi publicada na coluna Bastidores, do Jornal de Poços, dando conta que numa reunião do DEM, na qual a então secretária e presidente da legenda comunicou a intenção de bater asas do cargo -notícia que teria sido recebida com frieza polar por seus pares- afirmou que o cargo "pertenceria" ao partido e que, por conta disso, teria indicado três nomes para sucedê-la.
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Não creio. A ex-secretária é pessoa inteligente e não diria uma coisa dessas, mesmo que no íntimo pudesse pensar. Dia desses um leitor postou num comentário que eu era "inocente". É verdade. Sou uma verdadeira versão pão de queijo da Velhinha de Taubaté, personagem de Veríssimo cuja característica era ser a última pessoa que ainda acreditava no governo. Do alto do meu metro e noventa de ingenuidade, talvez seja eu o único poçoscaldense a acreditar que os cargos políticos -prefeito inclusive- pertençam ao Povo. Pausa para um bicadinha no meu relaxante chá de camomila e uma dentada nuns biscotinhos. Coisa de velhinha...
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De volta. Não sei não, mas acho que minhas previsões começam a se concretizar. A tal base aliada começa a dar sinais se não de fraqueza, de olho comprido nas eleições municipais de 2012. Não estou aqui lançando boatos nem tenho fontes que asseguram a debandada que imagino, mas que a coisa está esquisita, está.
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A ex-secretária afirmou com todas as letras, em entrevista à Difusora e reprisada na TvPlan, que não estava confortável com a situação de "secretária filha do ex-prefeito". Arruma as malas e parte para BH, não sem antes resolver umas pendências de negócios, como a venda do hotel que dirigia. Recordar é viver. No final de 2008, o então recém-eleito prefeito Paulinho Courominas bancou: “Na Secretaria de Turismo, nós indicamos a Teresa Navarro que, além de ser presidente do partido Democratas, é uma inovação, com conhecimento da área, já que ela é empresária do setor hoteleiro”. O "nós" da frase é que parece ter virado um nó.
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Bom, vou voltar para o meu tricô. Velhinha por velhinha, estou achando melhor ser a Velhinha Surda da Praça. Praça Pedro Sanches, claro.
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Meu prezado Caruso "O Inocente". Em outras épocas falava-se muito nos porões do Palácio do Catete com a mão forte de Gregório Fortunato... depois os porões da ditadura ( ditadura ou revolução? ) no DOI-CODI do Exercito...mas nada pior do que os porões da política. São tramas diarias... conspirações alucinates... onde poucos podem tudo e os outros não podem nada. São tribos de poucos caciques e muitos índios onde esses últimos se subjulgam merecedores de algumas migalhas.
ResponderExcluirMeu caro Caruso "O Inocente". Espere e verá que esse partido,que se julga "dono" de um cargo,que está fadado a desaparecer no mapa politico está pronto para dar o bote. Ou melhor: o golpe.
Querem a presidencia da Câmara a todo custo ( que por brigas internas no partido não conseguirão ) querem que o o próximo prefeito seja também deles...( mas que não conseguirão ). São alunos eméritos de Robespierre ( todos os meios são válidos quando se deseja um fim...).
Seria mais um eufemismo ? os porões da política? Um bom domingo...
Esqueci: ainda querem trocar sangue por tv LCD...
Rubens, olhando bem a foto, você está mais para o Apolônio do que para a Velha Surda. Agora, cá entre nós, a Velha Surda não parece o prefeito? Olha bem o cabelinho, os óculos e, principalmente, uma coisa: entender tudo errado!!!
ResponderExcluirCaro Caruso, lendo o jornal Brand News de setembro, deparei com a notícia que dizia: DESTAQUES DA IMPRENSA ELEITOS EM CONFRATERNIZAÇÃO, evento coordenado pelo jornalista Ananias Gonçalves. Conforme pubicado na notícia, os vencedores foram Neusa Reis - Jornal de Poços, José Carlos - Rádio Cultura e José Ramos - Tv Poços.
ResponderExcluirMe desculpe quem organizou esse prêmio, mas "indubitavelmente" o melhor jornalista contemporâneo de Poços de Caldas é você, e muitos atributos me levam a escrever isso: independência, opinião marcante, imparcialidade e, principalmente, seriedade. Dos "eleitos", o Jornal de Poços claramente adotou uma postura pró-Paulinho. O Zé Ramos, mais que jornalista, é apresentador de um canal que sabidamente tem fortes ligações de seus sócios com o poder. Do José Carlos não posso falar por não acompanhar seu trabalhos.
Fica gravado o reconhecimento desse fã e a minha convicção de que o Viva Poços! não está a venda por um anuncinho oficial, assim como tenho certeza de que esse blog não será encerrado em nome de um carguinho, sei lá, de conselheiro numa empresa pública.
Um forte abraço.
Rubens,
ResponderExcluirAdorei o tom sarcástico e o azedume da inocência. Vale sempre o olhar atento e o tom crítico que nos convidam a refletir sobre o nosso papel como cidadãos. Acredito que somos todos velhas-surdas, ou nos fazemos de surdos por comodidade, e tal acomodação é lamentável para Poços. Em tempo de eleição fica o convite para refeltirmos sobre as questões que regem a política local, regional e brasileira e a indagação do limite da nossa imbecilidade. Valeu! Karla
Nossa, que estranho. Sugiro uma olhadinha nesse link aqui:
ResponderExcluirhttp://www.tjmg.jus.br/juridico/sf/proc_complemento.jsp?comrCodigo=518&numero=1&listaProcessos=02012703
Tem até um leilão marcado para o ano que vem.
Obrigada.
O clima de conspiração é tão grande que até os mais puros e inocentes jornalistas acabam envolvidos. Alguém já pensou que a saída da secretária pode ser meramente uma decisão pessoal?
ResponderExcluirCaruso, perdeste o diploma de "Inocente" para esse anônimo aí de cima. Óbvio que a decisão foi pessoal, mas o que importa são os motivos que a levaram a tomar a decisão -e ela mesma disse, e eu ouvi na rádio, que a situação dela se equiparava a de uma funcionária de empresa cujo pai era diretor e agora tinha que obedecer ordens de um novo diretor, e essas ordens muitas vezes contrariavam projetos de papai.
ResponderExcluirTá na cara que a mudança da prefeitura para a rodoviária apressou a saída. Aliás, pergunto: quais são os grandes feitos da secretária de turismo nesses dois anos de gestão?
Dois anos perdidos renovando velhas receitinhas do pápis: a bocó sinfonia das águas e seu chato maestro lingua frouxa; festa Uai pela metade; exclusão ampla, total e avassaladora do projeto do natal, segundo diz a prefeitura sem outro fim que não o turístico. Ora, um projeto para trair turistas que isola a titular da secetaria? Eia aí um bom motivo para uma decisão pessoal...