sexta-feira, 16 de maio de 2008

QUEIJO BOM, QUEIJO RUIM...


EM CADEIA
Sensacional! Deu em mídia nacional, tv inclusive: o famoso "queijo minas" acaba de se tornar um "Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro", conforme decisão do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) do dia 15 de maio de 2008, com destaque para o fato de que "a técnica de fabricação artesanal do queijo está inserida na cultura do que é ser mineiro", nas palavras do presidente do Instituto.

Agora só dependemos da aprovação do ministro da Cultura, Gilberto Gil (que já tombou o Acarajé) para que o nosso "queijim" cerre fileiras com outras preciosidades culturais brasileiras, como a Arte Kusiwa, a Viola de Cocho, o Jongo do Sudeste ou Tambor de Crioula do Maranhão. Não conhece nada disto? Nem eu! Tive que pesquisar no site do Iphan (http://www.iphan.gov.br/) para saber o que é. Sinceramente, nunca imaginei que o Jongo chegasse a este status, e acho que o povo do Amapá também não vai se importar muito com o queijo de minas.

Em geral são tombados procedimentos, e o Iphan faz uma espécie de ISO 9000 na forma de preparar o Acarajé ou produzir a Viola de Cocho, e assim também será com o nosso queijo. Mas não vá achando que todo queijo redondo e branquinho feito em Minas ou não pode ser chamado de "patrimônio". Nem ele nem o Acarajé feito na Avenida Paulista.


EM CANA
Na mesma data, em nossa querida Poços, a mídia local deu destaque -com capa em todos os jornais- para o queijo minas indo em cana. Durante uma blitz da Vigilância Sanitária, juntamente com o Ministério Público (para quem não sabe, o MP é o órgão que tem à frente a figura do Promotor de Justiça) no Mercado Municipal, foram apreendidos mais de 100 kg de queijo "sem procedência". Os queijos eram comercializados sem rótulos ou garantias de qualidade e, segundo Yula Merola, coordenadora da Vigilância Sanitária em Poços, "esses produtos clandestinos podem ser veículos de doenças como tuberculose, brucelose ou infecções bacterianas". Ainda de acordo com as reportagens, "a apreensão não foi maior porque os comerciantes retiraram as mercadorias do local". Resumindo: gente da melhor estirpe, vendendo queijo da melhor qualidade! Na hora em que a fiscalização chegou, os queijos sumiram...

Agora pergunto: alguém foi preso? Será que aquela diarréia que me derrubou há duas semanas não pode ter vindo de lá? Eu comprava lá! Desde sempre o "queijo tipo caseiro" é vendido no Mercado, numa relação de confiança com quem está do outro lado do balcão. Não seria o caso de ter um agente destacado diariamente para fiscalizar o Mercado? Além disso, há outros locais que vendem queijos, os quais também devem ser fiscalizados, juntamente com outros estabelecimentos que vendem alimentos.

Também faltou nas reportagens identificar quem eram os comerciantes que tentavam vender o queijo que foi para no "Aterro Controlado", de modo que a população (e os turistas também) saibam com quem estão lidando. Por garantia só vou comprar queijo de novo lá se tiver uma plaquinha no balcão: "FUI FISCALIZADO E APROVADO."

2 comentários:

  1. Olá Rubens!! Boa iniciativa!
    Gostei da ideia de cada comerciante ter um atestado "meu queijo foi aprovado".
    Apropósito, já arrumaram o leteriro do portal. Resta sabermos se o lago do Recanto Japonês já foi reparado.
    Com carinho!
    Angela

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  2. Para os amantes de um bom queijo artesanal (italiano misturado com mineiro) uma boa notícia: Queijo Parmesão de Alagoa - MG!
    Também é registrado como Patrimônio Cultural de Minas Gerais pelo IEPHA.
    O melhor de tudo, dá para comprar pela internet! É isso mesmo, uai. É só acessar www.queijodalagoa.com.br
    Experimenta sô, o trem é bão dimais da conta!

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