Já ouviu falar em Joaquim Lourenço de Azevedo Filho? Saiba um pouco da história deste ilustre personagem, nascido em Espírito Santo do Pinhal-SP, em 19 de novembro de 1872.
"Espírito culto e ao mesmo tempo aventureiro e irrequieto, aos 21 anos, prestando serviço militar, embrenhou-se com afinco em seus estudos musicais; encarou sua verdadeira vocação e desde cedo tornou-se um verdadeiro gigante da arte musical. Homem preparadíssimo, foi jornalista, maestro e compositor. Alegre, espirituoso, modesto e leal, era sempre bem recebido em qualquer roda. De 1900 a 1910 foi a época das suas grandes composições: mais de 100 produções espalhadas por todos os lugares em que passou.
Do seu cérebro saíram valsas, maxixes, dobrados, peças sinfônicas, operetas, marchas marciais e tantos outros estilos. Peças como “Sabiá do Sertão” e “Soberana” alcançaram projeção internacional.
Em 1920, com a composição da marcha “Rei Soldado”, em homenagem ao monarca Alberto I, foi agraciado com a comenda da Ordem da Coroa da Bélgica.
Já em 1929, quando a banda do exército dos Estados Unidos foi para uma turnê na Europa, seu nome foi incluído entre os maiores compositores do mundo.
Aos 60 anos, em 1932, durante o movimento constitucionalista denominado Revolução de 32, alistou-se como voluntário no Batalhão Ferroviário, ostentando a patente de 1º tenente.
Tendo ficado vago o cargo de regência da Banda da Força Pública do Estado de São Paulo, com a aposentadoria do maestro Antão Fernandes, os maiores maestros da época canditaram-se ao cargo, mas o maestro Azevedo foi o eleito.
Veio para Poços de Caldas ocupando o posto de "Regente da Banda" nas décadas de 30 e 40 . Destaca-se no grupo, à mesma época, a presença de outros grandes músicos como o trompetista Mário Costa, os bateristas Ataulpho Marques e Otaviano Rocha e também o clarinetista e saxofonista Antônio Beccaro que, como o Maestro Azevedo, dedicaram grande parte de sua existência em prol da música e desta banda (Poços) de mais de 90 anos." (texto adaptado do site http://www.glosk.com/).
Pois bem, "Maestro Azevedo" empresta seu nome à Banda Municipal de Poços de Caldas. Domingo passado (08/06), após uma boa caminhada "esportiva" pela cidade, sentei num dos bancos que há junto ao Coreto na Praça Pedro Sanches, para ouvir a banda. Muito boa, afinadíssima, repertório variado. Ótimo programa para a manhã de domingo, não houvesse na mesma praça a "competição" descabida de um grupo vestido de ciganos executando uma seleção de músicas incompatível com o repertório e o volume da banda. O fato é que, enquanto a quase centenária Banda tocava "no pulmão", os "ciganos" iam de equipamento eletrônico, gerando um ruído de fundo que incomodava platéia e músicos. Desrespeito com todos, não dos "ciganos", mas de quem organiza esta "competição".
Como assumi que sempre que possível apresentaria sugestões, vai uma: a Banda Municipal deve continuar no Coreto, que é o seu lugar; os "ciganos" podiam muito bem ir tocar na Praça Dom Pedro II, junto à feira de artesanato, que aliás tinha no domingo uma frequência maior de público (turistas), interessado na diversidade de opções de compras.
Por fim, o Coreto também está feio e descuidado, com vidros quebrados, mato nascendo junto ao teto, pintura descascando. Exige uma reforma simples, que deve estar pronta antes das férias de julho. Então, cuidemos dos turistas! Eles são importantes e merecem "cuidado auditivo e visual".
Apoiado!!! A banda e o coreto merecem todo cuidado de nossa Prefeitura. São marcos da cultura da cidade. Agora esses ciganos e andinos que tocam na praça não justificam o subsidio que recebem do município. Além do auxílio dos amplificadores, para o meu gosto, os andinos usam 'playback'. É um engodo!
ResponderExcluirAdorei! Tem toda a razão.
ResponderExcluirPoços é uma cidade encantadora, poucas cidades termais do Brasil tem o charme de Poços de Caldas.
O coreto e banda devem ser prestigiados e preservados.
Que bom que ainda tem pessoas como vc.