terça-feira, 10 de junho de 2008

JOAQUIM LOURENÇO DE AZEVEDO FILHO


Já ouviu falar em Joaquim Lourenço de Azevedo Filho? Saiba um pouco da história deste ilustre personagem, nascido em Espírito Santo do Pinhal-SP, em 19 de novembro de 1872.

"Espírito culto e ao mesmo tempo aventureiro e irrequieto, aos 21 anos, prestando serviço militar, embrenhou-se com afinco em seus estudos musicais; encarou sua verdadeira vocação e desde cedo tornou-se um verdadeiro gigante da arte musical. Homem preparadíssimo, foi jornalista, maestro e compositor. Alegre, espirituoso, modesto e leal, era sempre bem recebido em qualquer roda. De 1900 a 1910 foi a época das suas grandes composições: mais de 100 produções espalhadas por todos os lugares em que passou.
Do seu cérebro saíram valsas, maxixes, dobrados, peças sinfônicas, operetas, marchas marciais e tantos outros estilos. Peças como “Sabiá do Sertão” e “Soberana” alcançaram projeção internacional.
Em 1920, com a composição da marcha “Rei Soldado”, em homenagem ao monarca Alberto I, foi agraciado com a comenda da Ordem da Coroa da Bélgica.
Já em 1929, quando a banda do exército dos Estados Unidos foi para uma turnê na Europa, seu nome foi incluído entre os maiores compositores do mundo.
Aos 60 anos, em 1932, durante o movimento constitucionalista denominado Revolução de 32, alistou-se como voluntário no Batalhão Ferroviário, ostentando a patente de 1º tenente.
Tendo ficado vago o cargo de regência da Banda da Força Pública do Estado de São Paulo, com a aposentadoria do maestro Antão Fernandes, os maiores maestros da época canditaram-se ao cargo, mas o maestro Azevedo foi o eleito.
Veio para Poços de Caldas ocupando o posto de "Regente da Banda" nas décadas de 30 e 40 . Destaca-se no grupo, à mesma época, a presença de outros grandes músicos como o trompetista Mário Costa, os bateristas Ataulpho Marques e Otaviano Rocha e também o clarinetista e saxofonista Antônio Beccaro que, como o Maestro Azevedo, dedicaram grande parte de sua existência em prol da música e desta banda (Poços) de mais de 90 anos." (texto adaptado do site http://www.glosk.com/).

Pois bem, "Maestro Azevedo" empresta seu nome à Banda Municipal de Poços de Caldas. Domingo passado (08/06), após uma boa caminhada "esportiva" pela cidade, sentei num dos bancos que há junto ao Coreto na Praça Pedro Sanches, para ouvir a banda. Muito boa, afinadíssima, repertório variado. Ótimo programa para a manhã de domingo, não houvesse na mesma praça a "competição" descabida de um grupo vestido de ciganos executando uma seleção de músicas incompatível com o repertório e o volume da banda. O fato é que, enquanto a quase centenária Banda tocava "no pulmão", os "ciganos" iam de equipamento eletrônico, gerando um ruído de fundo que incomodava platéia e músicos. Desrespeito com todos, não dos "ciganos", mas de quem organiza esta "competição".

Como assumi que sempre que possível apresentaria sugestões, vai uma: a Banda Municipal deve continuar no Coreto, que é o seu lugar; os "ciganos" podiam muito bem ir tocar na Praça Dom Pedro II, junto à feira de artesanato, que aliás tinha no domingo uma frequência maior de público (turistas), interessado na diversidade de opções de compras.

Por fim, o Coreto também está feio e descuidado, com vidros quebrados, mato nascendo junto ao teto, pintura descascando. Exige uma reforma simples, que deve estar pronta antes das férias de julho. Então, cuidemos dos turistas! Eles são importantes e merecem "cuidado auditivo e visual".

2 comentários:

  1. Apoiado!!! A banda e o coreto merecem todo cuidado de nossa Prefeitura. São marcos da cultura da cidade. Agora esses ciganos e andinos que tocam na praça não justificam o subsidio que recebem do município. Além do auxílio dos amplificadores, para o meu gosto, os andinos usam 'playback'. É um engodo!

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  2. Adorei! Tem toda a razão.
    Poços é uma cidade encantadora, poucas cidades termais do Brasil tem o charme de Poços de Caldas.
    O coreto e banda devem ser prestigiados e preservados.
    Que bom que ainda tem pessoas como vc.

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