sexta-feira, 13 de junho de 2008

"LABOR SUÍNO"

Doeu no meu bolso. Ainda não sei quanto, mas nunca é barato, pois o dinheiro é meu e dou um duro danado para ganhar!

Sexta passada, a caminho do trabalho, mergulhei numa das dezenas de crateras que transformaram a finada Avenida Celanese numa espécie de solo lunar em plena Terra. O resultado visível é a roda amassada. Como tenho um conhecimento razoável de automóveis, estou certo de que o estrago não vai se limitar à roda. Junto vai um terminal de direção, o alinhamento e outras surpresas desagradáveis.

Por esta avenida circula boa parte do PIB de Poços, já que dá acesso a algumas das mais importantes indústrias da cidade. Há muito tempo esquecida, os eventuais reparos se dão à base de "operações tapa-buraco", o que nunca resolveu nem vai resolver o problema. Serve apenas para o que se tornou o próprio nome, um "tapa-buraco", um "quebra-galho", pois é evidente que foi mal planejada e construída, exceção feita ao trecho realizado por uma das empresas ali instaladas, cujo pavimento só estraga pela ação de obras mal-ajambradas e nunca reparadas, caso de uma valeta aberta pelo DMAE para ligação de tubos à uma estação elevatória que existe na avenida. Esta valeta, com mais de seis meses de vida, até hoje está pessimamente remendada. Já perdi a conta de quantas vezes reclamei conserto decente.

A Avenida Celanese me ensinou, num passado recente, o significado do termo "lama asfáltica": camada tão fina, mas tão fina de asfalto ou coisa parecida com asfalto, que teria ficado melhor com um pintura do que o lixo feito. Esta outra "pérola da marretice" foi feita há alguns anos e durou exatamente até a chuva seguinte. De verdade.

Para piorar, outro deserviço ainda maior é o que está sendo feito pelo DER na BR-146, pista que liga a entrada (Portal) à cidade: a fresagem deixa milhões de pedriscos soltos, que deveriam ser imediatamente removidos. Estas pedras são perfeitas se você quiser quebrar o pára-brisas do carro ou ter o olho furado quando um caco daqueles varar a viseira do capacete, se você estiver de moto. E não me venham com a conversinha de que há placas mandando diminuir a velocidade pois uma pedra a 30 km/h equivale a um tiro. Nunca vi serviço de fresagem de pista em que o material removido não é colocado diretamente na caçamba que vai adiante da fresadora. Não sou engenheiro, mas sou bom observador. Nem precisa ir longe: na Rodovia Adhemar de Barros há trechos com o mesmo trabalho de fresagem e recapagem e o cuidado é muito maior com os resíduos, ou seja, NÃO HÁ PEDRAS SOLTAS NA PISTA.

Espero três coisas: 1- que o DER entregue uma pavimentação à altura do que a população deseja (e se fizer vou elogiar); 2- que a Avenida Celanese, no intitulado e alardeado "2008 - O Ano do Asfalto", que prega o investimento imediato, segundo informa o site da Prefeitura, de mais de R$ 5 milhões no recapeamento de 15 vias de grande circulação no centro e nos bairros além da "auto-suficiência em asfalto", não seja novamente esquecida, apesar dela não constar no texto oficial; 3- que nenhum serviço público receba ou sequer mereça (des) qualificação de "serviço porco".

Para encerrar, não adiantou reclamar da grande placa colocada pelo DER (postado aqui no blog em 26/05/2008). A placa não informa duração da obra, valor investido, nada. Mas o DER dá uma de política e socialmente correto colocando mais uma placa "meia-boca" com um número 0800 para denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Realmente estão preocupados com a população.

Peço desculpas a você que chegou até aqui. Pode parecer egoísmo da minha parte num problema pequeno diante de fatos muito mais graves que acontecem na cidade ou no mundo. Mas se não consertarmos os pequenos tormentos não teremos força nem competência para sanar as grandes causas.

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