Entrando na reta final da campanha, o assunto que polarizou as discussões da semana foi a publicação de uma pesquisa de intenção de voto que apontou Paulinho Courominas disparado na frente, com mais de 15% sobre Paulo Tadeu. Não vou falar da pesquisa em si, mas das repercussões. Para ser sincero achei a diferença exagerada.
Claro que Paulo Tadeu chiou. Mas a política é um jogo no qual os participantes mudam de jogada constantemente. Por exemplo, o mesmo Paulo Tadeu, então candidato à reeleição em 2004, foi alvo de uma reportagem publicada no “Jornal da Cidade”, em 29/09/2004, com o seguinte conteúdo: “De acordo com a pesquisa realizada por um dos maiores e mais procurados institutos de pesquisa em Minas, o Toledo & Associados, Paulo Tadeu lidera com 41,9% contra 35,6% de Sebastião Navarro” (confira em http://www.jor-cidade.com.br/noticias/noticias.php?n=402). Faltando poucos dias para aquela eleição também achei a diferença exagerada. Na reportagem, o jornal disse que o candidato vinha "garantindo a reeleição".
O fato é que quando a pesquisa é favorável a um determinado candidato, é motivo de festa. Já a outra parte contesta. E vice-versa. De novo, surge outro clichê batidíssimo dos períodos eleitorais: “a melhor pesquisa é a urna”.
Toda eleição é o mesmo papo. De fato, a pesquisa 2004 apontava, somente entre os votos válidos (sem contar brancos, nulos e indecisos), 53% para Tadeu e 43% para Navarro, mas a urna deu 48,6% para Navarro e 47,8% para Tadeu, ou apenas 641 votos de diferença.
Dura lição. Paulo Tadeu acerta ao afirmar que é preciso esperar 5 de outubro. Courominas festeja o resultado. E eu gostaria de saber se fosse o contrário: Courominas diria para esperar? Tadeu festejaria? Claro que sim. Nenhuma novidade.
Já para a eleição de vereadores, não há pesquisas. Mas 2004 pode ser um referencial em termos de votos necessários. Naquele ano, o eleitorado de Poços contava com 96.579 votos potenciais. Destes, 13.632 abstiveram-se de votar, restando 82.947 votantes efetivos. O vereador mais votado obteve 2.785, enquanto o 15º. mais votado, e que assumiu como último eleito a ter votos suficientes, teve 1.154 votos.
São 12 as cadeiras na Câmara, então três candidatos com mais votos que o último colocado (1.747, 1.545 e 1.373 votos) não se elegeram. Isto se deve ao chamado “Quociente Eeleitoral”, uma fórmula mirabolante que cria curiosidades como estas, quando o eleitor pensa que vota num candidato e não no partido.
O quociente eleitoral é calculado a partir da soma de todos os votos válidos (excluindo brancos e nulos) dividido pelo número de cadeiras a serem preenchidas. Acompanhe o exemplo: se existem dez cadeiras a serem preenchidas e o total de votos válidos for igual a 100 mil, o coeficiente eleitoral será de 10 mil votos. Ou seja, cada 10 mil votos que o partido e/ou coligação obtiver elegerá um candidato. Mesmo que os primeiros colocados tiverem recebido menos de 10 mil votos. Se o quociente for 10 mil votos e a soma de todos os votos recebidos pelo partido for de 20 mil, serão eleitos dois candidatos.
Por esse motivo é que se deve evitar votar branco ou nulo, pois o quociente é computado pelos votos válidos. Quanto mais votos nulos e brancos, menor o quociente eleitoral, e menos votos para eleger um candidato, bom ou mau, o que explica o fato de não se ver os partidos fazendo grandes esforços contra votos em branco ou nulos. Entendeu a jogada? E você, sabe a qual partido seu candidato é filiado?
No caso das coligações, todos os votos dados aos diferentes partidos coligados vão para uma só conta. O quociente eleitoral será aplicado para o grupo todo, independentemente de o eleitor ter escolhido a legenda X ou Y.
Poços tem 103.536 eleitores (base: TSE, ago/08). Se houver uma abstenção proporcional à de 2004, teremos hipotéticos 82 mil votos válidos, divididos por 12 vagas, resultando num quociente de 6.830 votos. Ou seja, se um partido tiver 20.460 votos, elege três vereadores. Mas este é um exercício de “futurologia”, para a qual sinceramente não tenho a menor vocação.
Claro que Paulo Tadeu chiou. Mas a política é um jogo no qual os participantes mudam de jogada constantemente. Por exemplo, o mesmo Paulo Tadeu, então candidato à reeleição em 2004, foi alvo de uma reportagem publicada no “Jornal da Cidade”, em 29/09/2004, com o seguinte conteúdo: “De acordo com a pesquisa realizada por um dos maiores e mais procurados institutos de pesquisa em Minas, o Toledo & Associados, Paulo Tadeu lidera com 41,9% contra 35,6% de Sebastião Navarro” (confira em http://www.jor-cidade.com.br/noticias/noticias.php?n=402). Faltando poucos dias para aquela eleição também achei a diferença exagerada. Na reportagem, o jornal disse que o candidato vinha "garantindo a reeleição".
O fato é que quando a pesquisa é favorável a um determinado candidato, é motivo de festa. Já a outra parte contesta. E vice-versa. De novo, surge outro clichê batidíssimo dos períodos eleitorais: “a melhor pesquisa é a urna”.
Toda eleição é o mesmo papo. De fato, a pesquisa 2004 apontava, somente entre os votos válidos (sem contar brancos, nulos e indecisos), 53% para Tadeu e 43% para Navarro, mas a urna deu 48,6% para Navarro e 47,8% para Tadeu, ou apenas 641 votos de diferença.
Dura lição. Paulo Tadeu acerta ao afirmar que é preciso esperar 5 de outubro. Courominas festeja o resultado. E eu gostaria de saber se fosse o contrário: Courominas diria para esperar? Tadeu festejaria? Claro que sim. Nenhuma novidade.
Já para a eleição de vereadores, não há pesquisas. Mas 2004 pode ser um referencial em termos de votos necessários. Naquele ano, o eleitorado de Poços contava com 96.579 votos potenciais. Destes, 13.632 abstiveram-se de votar, restando 82.947 votantes efetivos. O vereador mais votado obteve 2.785, enquanto o 15º. mais votado, e que assumiu como último eleito a ter votos suficientes, teve 1.154 votos.
São 12 as cadeiras na Câmara, então três candidatos com mais votos que o último colocado (1.747, 1.545 e 1.373 votos) não se elegeram. Isto se deve ao chamado “Quociente Eeleitoral”, uma fórmula mirabolante que cria curiosidades como estas, quando o eleitor pensa que vota num candidato e não no partido.
O quociente eleitoral é calculado a partir da soma de todos os votos válidos (excluindo brancos e nulos) dividido pelo número de cadeiras a serem preenchidas. Acompanhe o exemplo: se existem dez cadeiras a serem preenchidas e o total de votos válidos for igual a 100 mil, o coeficiente eleitoral será de 10 mil votos. Ou seja, cada 10 mil votos que o partido e/ou coligação obtiver elegerá um candidato. Mesmo que os primeiros colocados tiverem recebido menos de 10 mil votos. Se o quociente for 10 mil votos e a soma de todos os votos recebidos pelo partido for de 20 mil, serão eleitos dois candidatos.
Por esse motivo é que se deve evitar votar branco ou nulo, pois o quociente é computado pelos votos válidos. Quanto mais votos nulos e brancos, menor o quociente eleitoral, e menos votos para eleger um candidato, bom ou mau, o que explica o fato de não se ver os partidos fazendo grandes esforços contra votos em branco ou nulos. Entendeu a jogada? E você, sabe a qual partido seu candidato é filiado?
No caso das coligações, todos os votos dados aos diferentes partidos coligados vão para uma só conta. O quociente eleitoral será aplicado para o grupo todo, independentemente de o eleitor ter escolhido a legenda X ou Y.
Poços tem 103.536 eleitores (base: TSE, ago/08). Se houver uma abstenção proporcional à de 2004, teremos hipotéticos 82 mil votos válidos, divididos por 12 vagas, resultando num quociente de 6.830 votos. Ou seja, se um partido tiver 20.460 votos, elege três vereadores. Mas este é um exercício de “futurologia”, para a qual sinceramente não tenho a menor vocação.
Então é esperar mesmo o grande dia. Vote sério. Não desperdice seu voto!
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