Continuando a série de pequenas coberturas das grandes falas do horário eleitoral obrigatório, colhi mais algumas frases interessantes. Faço isso tendo em mente que a responsabilidade que o cargo político encerra é muito grande para que eu ou você desperdicemos a chance de ao menos tentar eleger candidatos realmente qualificados para a missão. Ora, não adianta apenas saber ler e escrever! É preciso entender o que está lendo, e se o sujeito –infelizmente, insisto- sequer é capaz de ler seus 10 segundos de fama na tv, como irá se virar diante de um projeto de orçamento com 40 páginas, por exemplo? Pense nisto.Vamos lá:
“Irei lutar por cada um de vocês”. Por cada?
“Pela relocar da Fearpo”. Não precisa complicar. Vamos só mudar a feira de lugar.
“Uma companha humilde”. Erro na legenda, fato bastante comum. Presta um mau serviço à cidade, pelo menos para quem lê aquilo.
“Pedir seu voto de confiança”. Esta é bastante usada. Duro é se fosse um voto de desconfiança.
“Amigos eleitor”. Pelo jeito vai ter só um voto.
“Vereador tem que trabalhar no mínimo seis horas por dia”. Beleza. Todos os outros humanos devem trabalhar pelo menos oito horas. E se forem bonzinhos ainda ganham uma hora de almoço.
“Por uma medicina mais respeituosa”. É uma falta de “respeituo” com o português.
“Alcanse”. Deve ser a fusão da distância com a fadiga. Erro de legenda também.
“Era pra mim ficar”. Sem comentários.
Mas nem tudo são espinhos nos jardins da política local. As duas frases abaixo são exemplares:
“Ninguém vira santo de um dia para outro”. Principalmente na política.
“Se for eleito, deixarei tudo o que faço para me dedicar à vida pública”. Bacana.
Para encerrar, no campo (perdão pelo trocadilho) dos vegetais, temos como candidatos o “Cebola”, o ”Feijão” e o ”Jiló”. Dá para sair um “arroz” e um “bife”?
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