Parece que quanto mais eu rezo mais fantasma aparece.
Depois de ter sido aterrorizado pelo "fantasma do funk", encarnado num tal de DJ Biju (confira no post de 27/8), na manhã de hoje "Gasparzinho" apareceu de novo no som do meu carro, por obra e graça (também de novo) da "emissora classe A da Assessoria de Imprensa e Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Poços de Caldas, MG -Libertas FM". Desta vez o fantasma "não tão camarada" veio na voz da festejada Leila Pinheiro, com uma música cheia de frases de mau gosto, sem a menor sutileza -ao contrário, grosseira- denominada "O coco do coco".
Quero deixar bem claro que -por convicção e por profissão- abomino e não aceito qualquer forma de censura, mas para tudo na vida há hora e limite. Se o apresentador, diretor, programador, sei lá quem na rádio acha por bem que suas famílias escutem um música dessas, problema deles, desde que o façam em casa. Ou será que é este tipo de vocabulário (da música) que usam em casa, com suas famílias, à mesa do café? Não creio, pois me parecem pessoas esclarecidas. Mas não podem ceder aos modismos "pseudo-bacaninhas".
Na minha casa e na casa dos ouvintes, tenho certeza que coisas como "xereca da vizinha" ou "ovo no cú da galinha" não fazem parte das conversas (peço desculpas aos leitores, só estou reproduzindo o lixo que a rádio tocou, tão indignado quanto vocês). Num jogo de futebol já não é bom, numa rádio oficial então, nem se fala.
É suficiente. O resto você confere na letra completa da música, ao fim deste post. Da minha parte, sou um sujeito generoso e pretendo dar uma terceira e última chance para que a rádio me conserve como ouvinte, até que outros impropérios de natureza semelhantes aos de hoje cheguem novamente ao meu rádio. Se acontecer será a prova de que a rádio não está cumprindo seu papel fundamental -levar entretenimento de qualidade e cultura para seu mercado. Ou muda a rádio ou eu mudo de rádio! Para mim faz diferença, espero que para a Libertas também. Não sou santo, não vou afirmar que só falo português castiço, mas a população merece respeito. E turistas também têm rádios.
Agora, se a rádio acha que "quem nega tá de manha ou faz pouco que gozou" é qualidade, eu devo estar maluco. Tragam a camisa de força!
"O coco do coco
Moça donzela não arrenega um bom coco,
nem a mãe dela, nem as 'tia', nem a madrinha.
Num coco tô com quem faz muito e acha pouco
Em rala-rala é que se educa a molhadinha.
Se tu não peca, meu bem, cai a peteca, neném,
vira polícia da xereca da vizinha.
Se tu se guarda e não tem,
tá encruada que nem ovo no cú da galinha.
Não tem cinismo quem diz: entre a santa e a meretriz,
só muda a forma com que as duas se arreganha.
Eu só me queixo se me criar teia de aranha.
Quem nega tá de manha ou faz pouco que gozou.
No tempo que eu casei de véi com meu marido,
era virgem no ouvido e ele nunca raclamou.
Pra ser sincera, eu acho que isso inté facilitou..."
Depois de ter sido aterrorizado pelo "fantasma do funk", encarnado num tal de DJ Biju (confira no post de 27/8), na manhã de hoje "Gasparzinho" apareceu de novo no som do meu carro, por obra e graça (também de novo) da "emissora classe A da Assessoria de Imprensa e Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Poços de Caldas, MG -Libertas FM". Desta vez o fantasma "não tão camarada" veio na voz da festejada Leila Pinheiro, com uma música cheia de frases de mau gosto, sem a menor sutileza -ao contrário, grosseira- denominada "O coco do coco".
Quero deixar bem claro que -por convicção e por profissão- abomino e não aceito qualquer forma de censura, mas para tudo na vida há hora e limite. Se o apresentador, diretor, programador, sei lá quem na rádio acha por bem que suas famílias escutem um música dessas, problema deles, desde que o façam em casa. Ou será que é este tipo de vocabulário (da música) que usam em casa, com suas famílias, à mesa do café? Não creio, pois me parecem pessoas esclarecidas. Mas não podem ceder aos modismos "pseudo-bacaninhas".
Na minha casa e na casa dos ouvintes, tenho certeza que coisas como "xereca da vizinha" ou "ovo no cú da galinha" não fazem parte das conversas (peço desculpas aos leitores, só estou reproduzindo o lixo que a rádio tocou, tão indignado quanto vocês). Num jogo de futebol já não é bom, numa rádio oficial então, nem se fala.
É suficiente. O resto você confere na letra completa da música, ao fim deste post. Da minha parte, sou um sujeito generoso e pretendo dar uma terceira e última chance para que a rádio me conserve como ouvinte, até que outros impropérios de natureza semelhantes aos de hoje cheguem novamente ao meu rádio. Se acontecer será a prova de que a rádio não está cumprindo seu papel fundamental -levar entretenimento de qualidade e cultura para seu mercado. Ou muda a rádio ou eu mudo de rádio! Para mim faz diferença, espero que para a Libertas também. Não sou santo, não vou afirmar que só falo português castiço, mas a população merece respeito. E turistas também têm rádios.
Agora, se a rádio acha que "quem nega tá de manha ou faz pouco que gozou" é qualidade, eu devo estar maluco. Tragam a camisa de força!
"O coco do coco
Moça donzela não arrenega um bom coco,
nem a mãe dela, nem as 'tia', nem a madrinha.
Num coco tô com quem faz muito e acha pouco
Em rala-rala é que se educa a molhadinha.
Se tu não peca, meu bem, cai a peteca, neném,
vira polícia da xereca da vizinha.
Se tu se guarda e não tem,
tá encruada que nem ovo no cú da galinha.
Não tem cinismo quem diz: entre a santa e a meretriz,
só muda a forma com que as duas se arreganha.
Eu só me queixo se me criar teia de aranha.
Quem nega tá de manha ou faz pouco que gozou.
No tempo que eu casei de véi com meu marido,
era virgem no ouvido e ele nunca raclamou.
Pra ser sincera, eu acho que isso inté facilitou..."
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