DESCALABRO, MISTÉRIO, ESPECULAÇÃO?

Quinta-feira, 28/5, o ex-prefeito Paulo Tadeu foi o entrevistado do Jornal do Meio Dia na Tv Plan. Durante o programa,Tadeu fez acusações sérias, especialmente em relação ao DME, entre as quais destacam-se:

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-"Já sabendo da situação de descalabro do departamento de eletricidade no período de 2005 a 2008, eu fiz um projeto de recuperação, de restruturação, de recolocar o DME na situação anterior".

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-"O DME, na verdade, é apenas umas das marcas do rastro de suspeição que foi a administração Navarro".

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-"A situação financeira (do DME) é terrível. Deixamos o DME com mais de R$ 200 milhões em caixa e sabemos que o DME fecha o final desse ano (2009) com menos de R$ 30 milhões em caixa".

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-"Acho que, como era um cofre cheio, entenderam que administrar era pôr a mão num dinheiro que não pertence à prefeitura -pertence ao consumidor".

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-"Acham que qualquer pessoa pode dirigir uma empresa de energia elétrica. Não é para qualquer um, não é para amadores".

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-"Há situações bastante suspeitas. O DME deixou de ser questão política para ser questão de polícia".

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-"Eu fui trabalhar com a Ministra Dilma. Depois de um ano e meio, eu ia a reuniões do Ministério das Minas e Energia para ouvir ironias a respeito do DME".

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-"Estão fazendo a política de 'terra arrasada', de matar a galinha dos ovos de ouro, que é o DME".

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-"Vamos ficar sem o DME se o ritmo continuar esse".

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-"O Dr. Jaconias foi presidente da CEMAT (Centrais Elétricas Matogrossenses), indicado para privatizá-la. A vinda dele para cá sinaliza claramente que é tendência dessa gestão -que é uma continuidade piorada- privatizar o DME".

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Paulo Tadeu, liderança incontestável no PT local, tem vasto cabedal político. Criou recentemente uma empresa denominada Embaré Engenharia, que vai atuar na área de geração e comercialização de energia elétrica. A palavra embaré significa "águas que curam". Pelo jeito, Tadeu aposta nas milagreiras águas sulfurosas da cidade, que tudo curam, para resolver os "males energéticos" de Poços. De quebra, estica o olho numa cadeira legislativa.

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Acusações devem vir acompanhadas de provas. E os acusados têm o dever de se defender, igualmente apresentando provas. Absorver o golpe no fígado e ficar quieto não é sinal de galhardia. Pelo bem da maior interessada -ninguém menos que a população- respostas documentadas são necessárias.

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