Ontem estive em audiência com o prefeito Paulo César Silva, juntamente com alguns empresários e usuários da Avenida Celanese. Enquanto tomava o receptivo chá de boas vindas (o já tradicional “chá de cadeira”, claro...), aproveitei para dar uma olhadela nos arredores do gabinete do prefeito. Fiquei com a certeza de que ele está sendo espionado!
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Três detalhes me deixaram impressionados. O primeiro está logo ao lado da sala de espera, que antecede o gabinete: um impressionante emaranhado de fios telefônicos, que não dá nem para chamar de gambiarra. Só pode ser obra de algum “araponga”, um Maxwell Smart local a bisbilhotar as ligações telefônicas do chefe do executivo poçoscaldense. Pensei até em deslocar disfarçadamente um cinzeiro travestido de cachepô que há junto à fiação, mas fiquei com medo de provocar um curto-circuito e deixar o prefeito sem telefone.
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Alguns passos adiante e chego à “varanda oficial”, que fica sobre a porta de entrada do prédio da Prefeitura. O local que deve ter servido de espaço de contemplação para os prefeitos do passado, que podiam ir até lá e admirar a beleza de sua cidade, vislumbrando a Praça Pedro Sanches, o Palace Hotel, o ribeirão. Hoje o cenário é desolador: o duro concreto do monotrilho, uma série interminável de fios, os escombros do outrora esplendoroso Hotel Rex, a água turva do rio.
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A varanda, pelo visto, serve de fumódromo. Um nojento caixote é o depósito de bitucas. Num prédio histórico e oficial, cigarros deveriam ser confiscados à entrada, por razões culturais e como exemplo de saúde. Qualquer criança de hoje sabe que cigarro mata, e não venham justificar com aquela cara de cachorro olhando máquina de frango assado que “é um vício, não dá para evitar”. O fato de fumarem na varanda não livra ninguém do problema. Lembrei de novo daqueles filmes de espião, mas criei uma cena em que o personagem está no cassino de Mônaco, acende um cigarro, dá uma tragada e diz: "Bean, Mr. Bean".
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Na mesma varanda repousa esquecida uma escada. Olhei, olhei, tentei imaginá-la na vertical, que utilidade teria para estar ali por não mais que o tempo de um reparo ligeiro. Nada. Esquecida. Largada. Pensei num romance: “A Escada Largada”. Só pode ser para que o “nosso” espião alcance o telhado da prefeitura, entre pelo forro, faça um buraco microscópico no teto sobre a mesa do prefeito e faça dali fotos dos mais secretos projetos oficiais.
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Três detalhes me deixaram impressionados. O primeiro está logo ao lado da sala de espera, que antecede o gabinete: um impressionante emaranhado de fios telefônicos, que não dá nem para chamar de gambiarra. Só pode ser obra de algum “araponga”, um Maxwell Smart local a bisbilhotar as ligações telefônicas do chefe do executivo poçoscaldense. Pensei até em deslocar disfarçadamente um cinzeiro travestido de cachepô que há junto à fiação, mas fiquei com medo de provocar um curto-circuito e deixar o prefeito sem telefone.
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Alguns passos adiante e chego à “varanda oficial”, que fica sobre a porta de entrada do prédio da Prefeitura. O local que deve ter servido de espaço de contemplação para os prefeitos do passado, que podiam ir até lá e admirar a beleza de sua cidade, vislumbrando a Praça Pedro Sanches, o Palace Hotel, o ribeirão. Hoje o cenário é desolador: o duro concreto do monotrilho, uma série interminável de fios, os escombros do outrora esplendoroso Hotel Rex, a água turva do rio.
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A varanda, pelo visto, serve de fumódromo. Um nojento caixote é o depósito de bitucas. Num prédio histórico e oficial, cigarros deveriam ser confiscados à entrada, por razões culturais e como exemplo de saúde. Qualquer criança de hoje sabe que cigarro mata, e não venham justificar com aquela cara de cachorro olhando máquina de frango assado que “é um vício, não dá para evitar”. O fato de fumarem na varanda não livra ninguém do problema. Lembrei de novo daqueles filmes de espião, mas criei uma cena em que o personagem está no cassino de Mônaco, acende um cigarro, dá uma tragada e diz: "Bean, Mr. Bean".
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Na mesma varanda repousa esquecida uma escada. Olhei, olhei, tentei imaginá-la na vertical, que utilidade teria para estar ali por não mais que o tempo de um reparo ligeiro. Nada. Esquecida. Largada. Pensei num romance: “A Escada Largada”. Só pode ser para que o “nosso” espião alcance o telhado da prefeitura, entre pelo forro, faça um buraco microscópico no teto sobre a mesa do prefeito e faça dali fotos dos mais secretos projetos oficiais.
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Falando sério. Continuarei na minha imprecação cotidiana, perguntando ao bom Deus e a você, que pacientemente me lê: se fosse uma empresa qualquer, com 4.500 funcionários (bom, com esse efetivo não seria uma empresa “qualquer”, mas vá lá), não haveria um único ser humano capaz de notar que junto à sala do presidente da companhia há uma gambiarra telefônica, um arremedo de fumódromo com estoque de bitucas e uma escada perdida? Certamente alguém com um mínimo de consciência e atenção já teria dado solução ao assunto. Afinal, pela “sala do presidente” passam empresários, políticos e, principalmente, nesse caso, a população.
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Clique nas imagens -se tiver coragem- para ampliá-las.
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