segunda-feira, 13 de julho de 2009

SANGUE NAS MÃOS

A violenta morte de Larissa, moça de 19 anos, vítima de acidente de moto na Avenida Francisco Salles em pleno domingo (11/7), deve servir de alerta. Alerta para o trânsito cada vez mais perigoso na cidade, no qual pequenas motos pilotadas muitas vezes por novatos disputam espaço com carretas de reboque duplo que já não deveriam circular pelas áreas centrais de Poços de Caldas. Simples: veículos do porte de carretas têm pouca manobrabilidade, precisam de muito espaço para frear e, mero detalhe nesse momento, poluem mais do que qualquer outro veículo.
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O corpo destroçado de Larissa no asfalto não pode se transformar em simples estatística. Deve sim chamar a atenção das nossas claudicantes autoridades de trânsito e -principalmente- dos motoristas de carros e caminhões, não adaptados ao convívio harmonioso com as motocicletas, quase sempre invisíveis aos olhos e espelhos de quem não está acostumado a perceber a presença de uma moto até pelo barulho. Falo isso amparado em quase 30 anos de motociclismo sério e como ex-editor por muitos anos de uma revista do assunto -e por ter sofrido meu mais sério acidente de moto aqui.
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Que a breve existência dessa jovem não tenha sido finalizada em nome da famigerada e fácil "fatalidade". E que, principalmente, não se condene quem pagou com a própria vida, exposta num veículo pequeno e desprotegido, e que não está aqui para se defender. "Muito jovem"; "acabara de comprar a moto", alguns apressaram-se em dizer.
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Que seu capacete partido ao meio, frágil para suportar as rodas de uma carreta, parada apenas muitos metros depois pelos gritos horrorizados de populares, seja um emblema a lembrar que, nesta cruel guerra, pedestres, ciclistas e motociclistas são sempre a parte frágil da questão.
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Deus abençôe Larissa, sua família e o motorista do caminhão.
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Quem habilita, fiscaliza ou legisla sobre trânsito, alguém hoje têm o sangue de Larissa nas mãos. Até quando seremos testemunhas dessas desgraças?
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3 comentários:

  1. A postagem anterior a este triste ocorrido, era justamente sobre o transito em Poços. E ainda comentei sobre a inexistencia de fiscalizacao das carretas que cruzam livremente a cidade.

    Ta tudo errado, esse transito pesado AINDA cruzando livremente a cidade e tambem motoqueiros desrespeitando todas as leis de transito ( nao e o caso da Larissa), basta circular nas ruas para ser ultrapassado pela direita e buzinado por motoqueiros.

    Falta tudo ,fiscalizacao, politica de transito, planejamento e principalmente levar nosso transito a serio.

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  2. Albert, eu concordo com voc~e.
    É um absurdo o que estão fazendo com a pacata e deliciosa cidade de Poços de Caldas permitindo que esses caminhões trafeguem livremente nas ruas da cidade, causando acidentes como este de Larissa. Como prima distãncia de Lá, agradeço.Principalmente em nome dos meus filhos, primos diretos de Larissa.
    mas vamos lembrar dela como um novo mexemplo em Poços.

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  3. Boa Tarde Rubens,
    Realmente esse acidente foi um grande choque não somente para os familiares mais creio também para toda a população.
    O Trânsito realmente aqui de Poços está complicadíssimo as pessoas dirigem tensas e com isso fazem coisas sem nexo e sem explicação.
    InFelizmente nesse caso não sabemos o certo o que aconteceu pois Larissa não está aqui para dar sua versão cabe esperar a perícia que solucionará o caso.
    Apesar dos pesares a vida de Larissa não tem preço e nada á trará de volta mais em relação á um trecho de seu artigo eu discordo: "O corpo destRoçado de Larissa no asfalto "
    O corpo de Larissa não estava destRoçado no asfalto ela sofreu um ferimento profundo na cabeça e a palavra "destdo" significa : dividir em troços e isso no contexto é equívoco.
    Mais nada trará a vida de Larissa de volta e não há preço pela sua vida.
    Como prima e irmã de consideração de Larissa, confesso que nossa família não gostaram de tal "expressão" mais ficamos lisonjeados com a maniFestação de seus sentimentos.
    Espero que os órgãos competentes analisem melhor esses "fatores" e que nossos condutores estejam sempre preparados e atentos para essas "possibilidades" de "acidentes de trânsito".

    Obrigada,
    Aline Ramos Corrêa Braga

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