Nesses meus sete (quase oito) anos de Poços de Caldas, um local sempre me chamou atenção -seja pelo passado glamouroso de imponente cartão-postal ou pela obra impressionante da engenharia dos longínquos anos 1930, quando tecnologia de ponta era marreta e talhadeira e computadores com Cad-Cam não eram imaginados nem nas profecias de algum Nostradamus de então: a Represa Saturnino de Brito, não por coincidência o nome do capitão do ousado projeto.
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O conceito fundamental ali aplicado está consagrado em cidades como São Paulo, atendendo pelo pitoresco nome de "Piscinões", cuja função é represar grande volume de águas pluviais, liberando-as em doses menores e controladas, evitando as temidas enchentes ao longo de seu curso pós-barragem.
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Anos e anos passaram, e as construções existentes na Saturnino foram deteriorando de tal forma, que só não vieram abaixo completamente por obra do destino, querendo que o esquecido espaço sobrevivesse ao tempo e à depredação impiedosa.
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Agora a Saturnino ressuscita, quase completamente recuperada, oferecendo de novo a habitantes e turistas o acesso à paisagem que você observa nas fotos. O renascimento se deu ontem, 5/11, ao som de boa música, na voz e gaita de Luciano Boca e Banda Bourbon, ecoando o blues no novíssimo prédio.
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Falta ainda um ocupante definitivo e de qualidade -na linha do Zimbro ou Katarino, quem sabe- no invejável espaço de restaurante, com seus robustos arcos de pedra, a dar o requinte que o local deixou esquecido no tempo, trazendo de volta, por exemplo, o esplendor de um "Revéillon a Rigor", como propuseram já na inauguração, dia 5/11, D. Lilia e o "seo" Moacir Carvalho Dias.
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Como sempre, clique nas imagens para ampliá-las.
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