Demorou, mas chegou o grande dia: o mar virou sertão, o sertão virou mar. Ou, na versão poçoscaldense, resumida, a Avenida Celanese virou rio. Culpa daquele sujeito poderoso de cabelos brancos.
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Refiro-me ao bom velhinho, claro. Não, não é o Papai Noel: esse, coitado, anda encharcado de tantas carreatas sob chuva que tem enfrentado, mas São Pedro, impiedoso lavador dos céus.
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Hoje, na hora do almoço, a cena era desoladora, com uma espessa lâmina d´água a encobrir o que um dia foi uma avenida, hoje aguardando justamente o fim da temporada de chuvas, daqui uns quatro meses, quem sabe, para receber a atenção que merece, já que é caminho para algumas das mais importantes empresas da cidade. Longe dos olhos, é verdade, na zona oeste, mas ocupada por pessoas boas de serviço, produzindo riqueza e empregos para a cidade, é uma avenida enorme de coração e paciência.
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Mas hoje foi tudo por água abaixo. Literalmente. O problema é lembrar onde estão os profundos buracos, perceptíveis quando a água baixa, camuflados no meio do lençol marrom.
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Meu bom São Pedro, dá uma forcinha para nós, vai?
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