A fé remove montanhas. As mineradoras também. Não há outra conclusão quando se observa, do alto, o que representa uma mineração de grande porte como a mina de urânio, vista na foto acima.
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A Revista Veja de 9 de setembro de 1987 traz algumas informações interessantes: "o Brasil conta com a sorte de guardar a quinta maior reserva de minério de urânio de todo o mundo. A maior mina de urânio no território brasileiro em operação se localiza em Poços de Caldas. Lá, retirado do subsolo, o minério de urânio passa por beneficiamento e se transforma numa pasta amarela denominada "yellow cake" (bolo amarelo). Uma tonelada de pedras da mina rende 700 quilos de yellow cake, que, por sua vez, vale 35 dólares o quilo. O yellow cake é levado para purificação e enriquecimento".
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Didaticamente, a reportagem ensina: "Nesta fase, a pasta funciona como sacas de feijão nas quais, para cada 100 grãos pretos (o urânio 238, inútil), há um branco (o 235, combustível). As usinas de enriquecimento jogam fora o máximo possível de grãos pretos. Com 37 milhões de dólares investidos, o Ipen colocou em operação uma pequena linha de produção na qual se consegue melhorar uma saca de feijão tirando até 3% dos grãos existentes. É o chamado urânio enriquecido a 3%, que vale 300 dólares o quilo. Com 100 toneladas desse urânio consegue-se combustível para manter funcionando uma usina capaz de fornecer eletricidade como Angra 1 por três anos".
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Os dados certamente estão desatualizados, inclusive a mina nem produz mais, mas uma coisa é certa: nós ficamos com o "buraco" e, até que alguém dê um destino nobre ao colossal espaço ambientalmente impactado, o melhor jeito de ver a mina é mesmo do céu. Localize-a no Google Earth usando as coordenadas 21 57' S , 46 30' W.
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