Antigo caso do folclore de botequim conta que um sujeito foi alertado por um amigo que estava sendo traído pela mulher. Tinha hora marcada a traição, quase diária, tal como num conto de Nelson Rodrigues. Certo dia o sujeito chega em casa, no horário da traição, e flagra a mulher com outro no sofá. O marido traído toma uma providência imediata: vende o sofá.
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Pois é exatamente o que fez o DME, ao suspender o sistema de coleta de lâmpadas fluorescentes. Em funcionamento desde 2007, o Departamento tomou a atitude "visando a segurança de seus funcionários, até que sejam fixadas normas e procedimentos para o recolhimento, reaproveitamento, destinação final e reciclagem das tais lâmpadas", já que algums pessoas estavam descartando lixo orgânico, fraldas ou seringas, entre outros rejeitos, nas duas caixas disponíveis para coleta de lâmpadas, localizadas no Terminal Central e no Posto Policial da Zona Sul. Tem algo errado: ou as lâmpadas não eram recolhidas diariamente e os recipientes viravam a noite nesses locais ou tem cidadão muito desavergonhado jogando seringa usada nas barbas da Polícia.
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A atitude do DME merece nota zero em cidadania, já que deixa na mão quem efetivamente se preocupa com o destino de seus lixos recicláveis. Vai sobrar para os lixeiros, pois essas lâmpadas usadas vão fazer dupla com sacos de lixo nas ruas da cidade. Vou lembrar disso se algum entrevistador do tal Prêmio Abradee de satisfação do consumidor de energia elétrica aparecer em casa.
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Definitivamente, o DME também tomou uma atitude "enérgica": vendeu o sofá.
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É um absurdo!
ResponderExcluirSob o argumento de que os recipientes estão sendo mal utilizados, o DME simplesmente se omite, e deixa de prestar o serviço. E dane-se a natureza.
A cada dia sinto mais saudades do Cícero...