ALGO ESTRANHO NO AR - CONTINUAÇÃO

Continua encoberta por nefasto manto de mistério a questão do "engavetamento" da indicação do Promotor de Justiça Dr. Sidnei Boccia ao título de cidadania poçoscaldense. O assunto não deixou os monumentais portões de ferro do Edifício Bauxita até agora: ninguém sabe, ninguém viu, ninguém fala, pelo menos aqui do lado de fora, do que promete ser outra grande bola-fora do legislativo local.

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Deixando de lado a pompa e circunstância que os solenes ternos e tubinhos negros costumam dar a esse tipo de solenidade,  passou da hora de alguma alma caridosa dar uma boa explicação sobre o caso, em especial pelo fato de outros indicados já terem sido nominados formalmente para a condecoração -governador do Estado inclusive.

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Com a palavra, a Câmara Municipal, Casa que tem obrigação de prestar conta de seus atos -praticados ou não- ao Povo de Poços, gostem ou não do Promotor, concordem ou não com sua forma de atuar frente a um dos mais importantes instrumentos republicanos. Achar que não tocar no tema apaga o fato e o empurra para o esquecimento seria ingenuidade, coisa que definitivamente nossa dúzia de representantes não carrega.

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Trata-se inclusive de resgatar uma antiga questão. Há dez anos, a charge acima, do Sr. Mario Seguso, publicada no Jornal da Cidade, parecia prever que a polêmica apareceria. Nem mesmo a veradora que protagonizou a indicação se manifesta, depois de afirmar que "o Dr. Sidnei Boccia reside em Poços há mais de uma década e como representante do Ministério Público atua nas mais diversas áreas, sempre com os olhos voltados para a coletividade". Agora a coletividade quer saber o fim da história. E se a coletividade não quiser, eu quero.

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E então?
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Atualizando em 18/2: Como hoje é dia de sessão ordinária da Câmara, vou manter esse post no ar. O Dr. Sidnei Boccia enviou um comentário, que pode ser lido abaixo, no campo específico, ao qual replico a seguir.
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Dr. Sidnei, dono de elegância inquestionável, não se manifesta sobre o mérito, mas eu sim. É imperdoável o que o Poder Legislativo vem fazendo nesse caso. Há pessoas de menor relevo que receberam a honraria, baseada muito mais na importância política momentânea do homenageado do que efetivamente pelos relevantes serviços prestados ao longo de sua trajetória na cidade.
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O que é inconcebível é que questões de ordem pessoal possam interferir numa concessão que em tese é do Povo, dada por representantes do Povo. O caso não pode se tornar um Tribunal da Inquisição, com uma investigação do passado resultando no engavetamento do presente. Como é comum nossas autoridades não se manifestarem diante do que prega esse reles blogueiro (a proposta que enviei sobre a preservação dos Pilares da Mogyana até hoje não recebeu sequer uma cordial resposta de prefeito, vereadores e secretários), só resta aguardar o desfecho do caso, que na pior hipótese seria o arquivamento da indicação.
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De toda forma, o estrago já está feito, mas pelo menos promete ter uma ou várias caras: será votada hoje modificação na Resolução que trata dessas concessões, deixando de ser votação secreta para votação aberta. Isso se a indicação do Dr. Sidnei for à votação.
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Para encerrar, tenho certeza que o Dr. Sidnei exagera quando diz "não tenho mais forças para lutar". Quem escolhe o caminho profissional que ele escolheu não se encolhe diante dessas atitudes. Nem os bons juristas, nem os bons jornalistas.

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Saiba mais em:

http://www.vivapocos.com/2010/05/algo-estranho-no-ar.html

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