ÁRVORE? QUE ÁRVORE?

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Sempre tive orgulho, como cidadão poçoscaldense de "carteirinha" (a minha é verde, chamada "Título Eleitoral), das nossas praças, parques e jardins da cidade. Costumo dizer aos amigos e parentes que me visitam, durante os city-tours que organizo para eles, que "temos milhares de jardineiros". Pode reparar: na área central sempre tem um funcionário aparando a grama, podando uma planta ou tratando das flores.

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Por isso, é impossível conter a indignação diante da boçalidade denunciada ontem no blog do ex-prefeito Paulo Tadeu, de onde também vem a imagem acima. De acordo com ele, o Jornal da Cidade publicou um escandaloso, deplorável e inconcebível corte de árvore, que estaria atrapalhando a montagem do palco para apresentação da Filarmônica mineira, na Praça Pedro Sanches. 

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A se confirmar a ação -e nesses casos, quem cala, consente- o corte deliberado de uma árvore por uma causa "tão nobre" deverá ser inscrito nos anais municipais, de modo que cada cidadão, tenha ou não um bom motivo, possa doravante ser detentor do direito de cortar uma árvore, a seu critério, sem por isso ser notificado, sancionado ou multado pelo poder público. Afinal, está na Constituição Federal que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza".

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Então, vamos aguardar o que dizem as autoridades. Ou consentem?
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Em tempo: estou de olho numa outra árvore -alta, grande, frondosa- ali perto do shopping. Acho que ela também corre risco de virar notícia.

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