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Há três meses, em 12 de abril, publiquei uma ideia denominada "Os Pilares da Mogyana", cujo link vai ao final desse post.
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Disse na ocasião que "Cuidar corretamente do patrimônio histórico é uma atividade da qual nossa cidade deve se orgulhar" e que "um dos mais antigos e importantes patrimônios ainda existentes no município -talvez o mais antigo em condições originais, com 127 anos- pode desaparecer, engolido pelo mato e pela perigosa aproximação da expansão imobiliária: são os pilares do "Viaducto do Ramal de Caldas da Cia. Mogyana".
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Propus que "O espaço pode ser transformado facilmente, como está hoje, num logradouro turístico denominado Os Pilares da Mogyana; processo simples e de baixo custo para o município".
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O assunto foi enviado por email aos 12 vereadores, ao chefe do executivo e aos secretários de Administração, Comunicação Social, Educação, Planejamento, Obras e Turismo e Cultura, com pedido eletrônico de confirmação de leitura. Desses, somente oito vereadores confirmaram o recebimento do email. Idem para o Prefeito e as secretarias de Administração e Planejamento. Os demais, sequer confirmaram. Importante: os endereços são os que constam nos sites oficiais e não houve retorno por erro de destinatário.
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Agora, o fundamental: sabe o amigo Leitor quantas respostas recebi? NENHUMA! Nem mesmo para dizer "não há interesse", ou "não temos dinheiro", ou ainda "vamos analisar". Nada.
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Só para ficar claro, não tenho problemas de ego nem padeço de carências afetivas. O "projeto" não é meu. Não vou ganhar nada com ele, nem dinheiro, nem votos. Esperava atenção como cidadão, atento a um bem precioso da história da cidade, e só. Pelo exposto, parece que as coisas não funcionam como se imagina -um mundo virtual no qual pessoas (autoridades inclusive) recebem emails e, incrível, respondem! Mas parece que essa atitude pode virar compromisso, quem sabe?
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Tudo bem. Vou dar um desconto. Há coisas mais importantes a cativar a atenção dos nossos líderes, como o 6º Campeonato Municipal de Truco, que acontece no final do mês. Ferrovia, pilares, patrimônio histórico -são todos meros detalhes.
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Link:
http://www.vivapocos.com/2010/04/os-pilares-da-mogyana.html
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Link:
http://www.vivapocos.com/2010/04/os-pilares-da-mogyana.html
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Exemplar a sua bronca, caro Caruso. Patrimônio histórico é algo que simplesmnte não encontra lugar na pauta de políticos. Por um bom período de tempo, a única ligação de Poços "com o mundo" foi a ferrovia, pois nem estradas de rodagem adequadas haviam. A Mogiana portanto foi fundamental para ajudar Poços a se tornar a famosa estância turística que é desde tempos passados.
ResponderExcluirPortanto sua manifestação é um importante indicador para a população de Poços. Um indicador de em quem NÃO votar nas próximas eleições.
É isso aí. Mas não é por causa disso que temos que deixar pra lá. Você está mais do que certo em não esquecer disso e o resto do Brasil lê aqui essa situação vergonhosa.
ResponderExcluirCaruso vc enviou este material para mim. Li, gostei e guardei, sei o que precisa ser feito e como deve ser feito, mas não sou entidade e não represento nenhuma, oficialmente.
ResponderExcluirO MTur (Ministério do Turismo) criou o GT - Grupo de Trabalho para estudar e viabilizar projetos na área ferroviária. Atualmente, são 20 trens turísticos que operam em oito estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Existe junto a ANTT quatro pedidos em análise de prefeituras que solicitam recursos para operar em suas regiões o trem turístico. Entre 2004 e 2009 o MTur investiu 17 milhões de reais para viabilizar estes projetos.
A malha ferroviária brasileira é de quase 30 mil quilômetros. O Grupo de Trabalho de Transporte Ferroviário está analisando mais oito projetos e inclusive lançou uma cartilha para orientar os interessados na implantação dos trens turísticos.Em síntese, não falta dinheiro, falta competência dos nossos gestores e vereadores. Digo porque sei, trabalhei na seplag, com captação de recursos, de uma prefeitura do Rio de Janeiro e afirmo que o governo federal não tem má vontade na concessão de recursos, o problema é que existem prazos legais e os projetos necessitam de boa fundamentação e apresentação, além de um ótimo articulador político, não se trata de questão partidária.
Fica a consultoria para os 'nobres' edis, pouco humildes. Corram atrás da cartilha ainda há tempo.