Em reunião realizada na sexta-feira (20/3) com o alto escalão municipal, o prefeito Paulo Cesar Silva determinou ao secretariado que "apertem os cintos", reduzindo onde possível os gastos públicos. Tendo a crise mundial como pano de fundo, a reunião serviu para discutir as despesas da prefeitura. Disse o prefeito que "conta com a sensibilidade dos secretários para que eles possam levar para suas pastas a necessidade de diminuir despesas".
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Não é o caso de "contar com a sensibilidade". A situação é para "determinar" que se economize o máximo de dinheiro do povo (mais do que deveria ser padrão), não se restringindo a copinho plástico e gasolina. É hora de priorizar para valer, só fazer aquilo que é essencial e absolutamente necessário, deixando para depois as promessas de campanha e a preocupação de "queimar o filme", já que estamos apenas no início do mandato de Paulinho à frente do executivo. A próxima batalha vai ser a negociação salarial com o funcionalismo, e não creio que estes estejam dispostos ao sacrifício em nome da sobrevivência das contas públicas, em troca da estabilidade a que têm direito por lei.
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Falta a administração falar a linguagem dos números, já que o "discurso de crise" beira o abstrato. A população tem o direito e a prefeitura tem o dever de falar em valores: quanto caiu a receita, quanto espera cair, quais despesas vão ser cortadas e quanto isto representa. Números. Estes sim impressionam. É preciso também dar o bom exemplo desde já: a reunião foi na sexta, e no domingo pelo menos dois jornais locais veicularam anúncios da prefeitura: um do DME "comemorando" o Dia Internacional da Água, outro do "IPTU - o futuro de Poços em suas mãos". Em tempos de crise, anúncio oficial só para campanhas públicas. E olha lá.
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