O "PAÇO ESTADUAL"

Crise? Tem certeza? Será que não foi só uma marolinha? Pois é, onda forte ou marola, o governador Aécio Neves está "nadando de braçada", de olho na conclusão de um palácio flutuante de Niemeyer num centro administrativo de R$ 1,2 bilhão. É o que traz recente reportagem da revista Época.

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Em dezembro de 2009, restando um ano para o fim de seu segundo mandato, Aécio deverá inaugurar a maior, mais cara e mais ousada edificação da história de Minas Gerais: um majestoso palácio governamental suspenso, dentro de um complexo estatal que reunirá, em mais dois megaedifícios, as 18 secretarias de Estado e outros 33 órgãos da administração. Tudo projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, de 101 anos, conforme relata Época.

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Estimadas em R$ 500 milhões, as obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais já passaram de R$ 1,2 bilhão, dinheiro suficiente para fazer quatro hospitais como o Instituto do Câncer de São Paulo; ainda sobrariam R$ 120 milhões.

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Assim que as obras estiverem prontas, no segundo semestre de 2010, os mineiros poderão pleitear, ainda segundo a reportagem, uma citação no livro dos recordes: o palácio do governador terá o maior vão livre em concreto suspenso da história da arquitetura: 147,5 metros de comprimento, o dobro do vão-livre do Masp, em São Paulo.

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Com 4.800 operários trabalhando simultaneamente (mais que o funcionalismo de Poços), a construção atingiu seu pico de atividade em maio. É a maior edificação em andamento em toda a América Latina, gabam-se os engenheiros.

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As principais justificativas para o investimento, de acordo com a Codemig, serão "o aumento da eficiência dos serviços públicos, acesso facilitado pela localização pela localização de órgãos e secretarias no mesmo espaço e economia com aluguéis". Déjà vu?

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Não sei não, mas essa história de Paço com projeto de Niemeyer e as justificativas apresentadas pela Codemig andam inspirando muita gente em Poços. Do Paço de Poços eu passo...

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