TRÂNSITO: ARREGAÇAR AS MANGAS!

Se tem um assunto que anda atormentando o mais beneditino dos poçoscaldenses é o trânsito. Evidente que para um paulistano como eu ficar parado na João Pinheiro é tranquilo, se comparado aos intermináveis congestionamentos que costumava frequentar em São Paulo, e que pioraram muito desde que vim para Poços de Caldas.
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O fato é que, decorridos quase sete meses desde que a nova não tão nova administração assumiu a direção da cidade, nosso trânsito parece não estar na lista de prioridades oficiais. Desde janeiro que se espera pelo menos por estudos aprofundados sobre o gargalo formado na chegada da João Pinheiro à Rua Junqueiras -é claro que o excesso de veículos entrando numa pista simples, ajudado pelo semáforo da Francisco de Faria Lobato, "matam" o trânsito naquele pedaço. No outro sentido da Rua Junqueiras, pouco movimento. Seria o caso de pensar num sentido único para a pista (bairro-centro), com o fluxo contornando a Praça Pedro Sanches para alcançar a Francisco Salles, evitando inclusive aquele "X" na ponte junto à Urca.
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Hoje, em pleno sábado à tarde, o trânsito estava péssimo ali, o que desmente definitivamente a teoria pregada por alguns bravos defensores do tal Paço Municipal de que a remoção dos espaços administrativos do centro (prefeitura, secretarias, legislativo) acabaria com a paradeira na região. Ora, se nos finais de semana não há expediente oficial e há congestionamentos, é claro que o problema é de gestão de trânsito.
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Outro tormento que vem desde o final de 2005, quando foram instalados sete novos semáforos ao longo da Avenida João Pinheiro (lembro que ao custo de R$ 210 mil) é justamente a falta de "inteligência"dos equipamentos, demorados demais onde não há movimento -um bom exemplo é a ponte do Vila Nova. Os semáforos da avenida deveriam estar coordenados de tal forma que, por exemplo, quem percorresse a avenida à 60 km/h aproveitaria uma "onda verde", passando quase todo o percurso com semáforos "abertos".
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Já os turistas trazem tantos benefícios quanto problemas para a cidade. Involuntariamente, claro. Ônibus de turismo são cada vez maiores e mais altos, e não "cabem" mais na cidade. O conforto proporcionado pela complacência de nossas autoridades -fazendo vista grossa aos veículos estacionados irregularmente junto aos hotéis, lojas de souvenirs, sabonetes, vinhos e chocolates, entre outros- só atrapalha a fluidez do tráfego, enquanto nossa rodoviária esbanja enormes espaços vazios. Com o advento dos celulares -e todo motorista e ônibus tem um- seria lógico que os ônibus permanecessem no terminal, sendo acionados por telefone nas saídas de city-tour dos grupos. Hoje também presenciei ess problema, que é ruim até para aquela interminável fila de táxis da rodoviária, muitos à espera de um passageiro que nunca aparece.
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Não vejo -como ainda não vi- maiores movimentos no sentido de resolver, com a urgência necessária, a questão. Assim, de vermelho em vermelho, mais o ruído incômodo das motos pequenas com escapamentos abertos (à venda nas piores casas do ramo), a fumaça dos caminhões desregulados e pedestres "kamikazes" que desconhecem por completo o siginificado daqueles homenzinhos verdes ou vermelhos que acendem nas esquinas, caminhamos para o colapso. Do trânsito, ou pior, o nervoso. Já passou da hora de nossas autoridades arregalarem os olhos e arregaçarem as mangas, apresentando propostas e correndo o risco com experiências que podem até dar errado. Mas que pelo menos tentem algo mais criativo do que pagar uma fortuna a um especialista "importado' que dirá o que todos nós -autoridades inclusive- sabem e observam diariamente.
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A "grande ação" até o momento é a compra de 20 painéis luminosos de 1 metro por 35 cm, para instalação sobre semáforos, com os nomes das ruas, de acordo com o "Pregão 092-A", de 24 de junho, do Demutran. Vai ser bastante útil: pelo menos vamos ter certeza do nome da rua na qual estamos parados...
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