"OLHA MAS NÃO BOTA A MÃO"

Fotografia é uma arte, e como tal exige sensibilidade e cuidado na produção. Com o mercado dominado pelas câmeras digitais, a vida (e a fotografia) ficou muito mais fácil, com a possibilidade de fazer centenas de fotos e escolher imediatamente algumas muito boas, descartando as que não servem. Sou do tempo do filme fotográfico, material caro, revelação mais ainda. Tínhamos cota de filmes por produção de pauta, o que obrigava ao cuidado extremo nos ajustes e enquadramentos, de modo a não ter muitas perdas no material produzido. Hoje não. O fotógrafo pode apontar, usar os ajustes automáticos, clicar e fim. Nada de esperar dias para ver as imagens.
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Há ainda a questão também da sensibilidade na escolha do material pronto. É o momento de definir qual foto vai ser publicada, muitas vezes tão importante que pode até acabar dispensando a leitura do texto que a acompanha. Aquela coisa de "uma imagem vale por mil palavras" é pura realidade. Perdoa-se, honrosamente, os casos de flagrante fotográfico, uma foto única do exato instante de um acidente, por exemplo.
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A foto acima, publicada ontem, 1o. de março, no site oficial da Municipalidade, é um exemplo do descuido na seleção de fotos, em geral feita às pressas, aceitável no fechamento de edição de um jornal diário, incompreensível num material oficial. Quando são fotos com autoridades, todo cuidado é pouco, evitando cenas que podem acabar em constrangimento.

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Para quem está do lado de cá da imagem, diversão pura.
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