quinta-feira, 29 de julho de 2010

POÇOS NO UOL

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Poços de Caldas figurou entre os destaques na "capa" do UOL de hoje. Longa reportagem, sob o título "Quedas d´água são alguns dos atrativos de Poços de Caldas", destaca a beleza natural da cidade, incluindo uma sequência de 23 fotos, além de opções de passeios e hospedagem.
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A reportagem traz também: "Além da água, outra especialidade poçoscaldense são os cristais criados no mesmo estilo dos artesãos da ilha de Murano, em Veneza, na Itália. O pioneiro na arte com vidros na cidade mineira foi o italiano Mário Seguso. Em 1965, ele abriu a loja Ca D’oro e ensinou a técnica milenar para fazer cristais a seus aprendizes. Desde então, virou um dos principais atrativos da cidade. Como os cristais são feitos a mão, uma peça nunca é igual à outra. Hoje, além da comercialização, pode-se assistir ao vivo ao processo de produção dos vidros dentro da própria loja".
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Ótima reportagem. Ou, como diz um leitor do Viva Poços!, "enfim percebemos que não vivemos só de críticas".

Confira a publicação clicando no link http://viagem.uol.com.br/guia/cidade/pocos-de-caldas.jhtm.
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A foto acima foi enviada pelo amigo Nelson Gonçalves. Clique nela para ampliar.
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Um comentário:

  1. Lixão na INB: querem jogar o futuro no lixo
    Wilson Ribeiro
    No início deste mês de julho, fomos surpreendidos com o inusitado anúncio de que a AMARP (Associação dos Municípios do Alto Rio Pardo) estaria liderando esforços para construir um aterro sanitário nas instalações da INB – Indústrias Nucleares do Brasil, no Campo do Cercado, município de Caldas. Logo de princípio dá para ver que é uma idéia estabanada e que seus autores não pararam para pensar com mais profundidade e seriedade sobre o assunto. Não analisou e ponderou os aspectos ambientais, históricos, econômicos, antropológicos e vários outros que devem ser levados em consideração quando se pretende fazer algo que tem um impacto tão importante como esse.
    Pra começo de conversa, o Campo do Cercado não é a casa da mãe Joana. Tem uma profunda importância na história da região do Planalto de Poços de Caldas e do Brasil. Importância esta relacionada ao nascimento da indústria nuclear no país, nos idos dos anos 50, quando aquele era nossa maior jazida de urânio e de onde saíram as primeiras cargas para os nossos primeiros reatores atômicos. Pioneirismo que deu o impulso inicial para este importante campo de nossa soberania que até hoje estamos a procurar com muito esforço e superando muitas dificuldades.
    Foram das minas do campo do Cercado que saíram as primeiras cargas que alimentaram o reator da usina de Agra dos Reis. E também de Angra II, construída muitos anos depois. Como pode se observar, aquele lugar foi de extrema importância para o desenvolvimento e para a autossuficiência energética do país. Tanto é que o governo federal, à época dirigido pelos generais Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo, investiram muitos milhões de dólares para a viabilização das atividades desenvolvidas no Campo do Cercado. Primeiro, com a Nuclebrás. Depois, Urânio do Brasil e agora Indústrias Nucleares do Brasil.

    Com a descoberta de novas jazidas em Caetité, na Bahia, fez com que as minas fossem consideradas economicamente inviáveis para a atual conjuntura. Por isso, elas foram desativadas. Mas no local continuaram as instalações industriais e vários laboratórios que hoje estão bastante ociosos. E esta ociosidade fez nascer na cabeça de alguns políticos as mais variadas conjecturações e devaneios. Transformá-lo num lixão é apenas mais uma.
    Transformar o campo do Cercado num lixão não é uma boa idéia sob nenhuma circunstância. Ainda mais quando a iniciativa é feita sob o comando da AMARP, uma instituição cercada de denúncias de improbidade administrativa, mal uso do dinheiro público, nepotismo e muitas outras irregularidades. Tanto é que no final da década de 90, a Câmara Municipal de Poços de Caldas obrigou o afastamento da prefeitura de seu quadro de associados. A entidade então se mudou para Caldas, mas o estilo controverso continuou o mesmo e o seu secretário Mauro Lima continuou agindo com um poder ainda maior, já que estava livre da fiscalização exercida pelos vereadores e pela imprensa de Poços de Caldas. Deu no que está dando.
    A instalação de um aterro sanitário mais moderno e sustentável é necessária para a região. Mas não nas dependências da INB. Existem muitos outros locais mais adequados e que causam menos impactos. E ainda há de se levar em consideração que é lá que nasce alguns dos principais rios da região: rio das Antas (muito importante para Poços), rio Verde (importante para Caldas) e o Jaguari Mirim (importante para Andradas, Espírito Santo do Pinhal e São João da Boa Vista).
    Devemos procurar a solução para o lixo das cidades da região, mas jamais devemos de levar em consideração a nossa História, o nosso meio ambiente e as nossas aspirações futuras. Queremos um progresso sustentável e integrado, com geração de empregos e qualidade de vida – e não uma gigantesca lata de lixo, como é que nos apresenta esta infeliz idéia.

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