Poços de Caldas acaba de ganhar mais uma concessionária de veículos, desta vez da Citroën, 100a. loja da marca, cuja presença no Brasil deve muito ao trabalho iniciado em 1991 pelo emblemático Sérgio Habib -uma das figuras de inteligência mais impressionante que conheci ao longo de minha carreira na imprensa automotiva. Agora a cidade conta com revendas "oficiais" da Chevrolet, VW, Fiat, Ford, Peugeot, Hyundai, Toyota e Kia. Nos próximos dias a loja Honda abre as portas na cidade também.
Muito mais que festejar os anunciados R$ 2.6 milhões investidos e os 15 empregos diretos gerados pelo gupo proprietário da nova loja, é hora de repensar seriamente o trânsito da cidade.
Quem nasceu, mora ou freqüenta as cidades de São Paulo ou Campinas, por exemplo, sabe o tormento que é ficar "estacionado" dentro do carro nos congestionamentos diários. Claro, nunca veremos 270 km de trânsito dentro de Poços, mas há muita coisa que precisa ser mudada, para comportar os novos carros que as ruas recebem diariamente, mais os turistas, mais os veículos comerciais, mais os que usam a cidade como passagem para outros destinos.
Estima-se que a frota em Poços de Caldas ultrapasse os 60 mil veículos, para uma população de 145 mil moradores. Chegou a hora de um trabalho profundo em questões como os semáforos da João Pinheiro, muito rápidos em alguns pontos de bastante movimento, muito demorados em outros locais de menor fluxo (aquele perto do Vila Nova é um exemplo).
É preciso rever a questão dos pontos de retorno também na João Pinheiro, já que as entradas à esquerda travam o fluxo. A chegada à Rua Junqueiras é outro gargalo. Avenidas e ruas paralelas com duas mãos poderiam ser convertidas em um único sentido (por exemplo, a João Pinheiro tem um trecho paralelo à Rua Nico Duarte, também paralela à Champagnat).
É preciso rever a questão de estacionamento nas vias, como na própria Champagnat, que além de duas mãos permite estacionar nos dois lados e serve de passagem para ônibus e caminhões. Pensar num calçadão no centro também pode ser uma alternativa. Radares nas vias rápidas já deveriam existir há anos. Quem anda dentro da velocidade legal não vai reclamar.
Num momento em que todas as atenções (e verbas) parecem voltadas para a Avenida Alcoa, é preciso estabelecer padrões de fiscalização permanente nas emissões, controle rígido sobre o comportamento de alguns motoristas e motociclistas, "blitz-surpresa" com bafômetros próximo a bares e festas. Multas funcionam. Uma noite no xilindró também.
Há muito o que fazer. O resultado deste esforço é manter a qualidade de vida na cidade e o respeito à vida. Ainda dá tempo.
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