São inquestionáveis os benefícios que uma obra como a duplicação da Avenida Alcoa proporcionam. Talvez hoje pareça uma obra super-dimensionada, mas em poucos anos Poços de Caldas já estará pensando em alternativas, por conta do crescimento na frota de veículos e o evidente progresso que o acesso facilitado gera ao longo de seu percurso.
Dentro de dois dias a avenida será oficialmente inaugurada. Mas há pontos falhos que um motorista comum como eu, mesmo não sendo engenheiro, percebe. Alguns meramente de aspecto, outros que comprometem a segurança e colocam a vida de pedestres, motoristas e motociclistas em risco, e que devem ser corrigidos urgentemente.
Entre os problemas mais “leves”, destaco a fiação aérea nos postes de iluminação. Uma obra cara e moderna como esta poderia ter a fiação subterrânea, de modo a não criar uma interferência visual ruim –poluição visual. Mas este é apenas um capricho do meu olhar.
Boa parte da Avenida Alcoa não mostra um sistema de drenagem que imagino suficiente para não acumular água, problema exatamente igual ao que acontece na Avenida João Pinheiro, já no trecho junto à Represa Bortolan. Quando chove um pouco mais forte as enxurradas cruzam a pista em diversos pontos, o que é muito perigoso. O perigo se agrava quando observamos as péssimas condições de boa parte da frota de carros (em geral carro ruim de conservação externa, como podres na lataria, parabrisas quebrado etc. não tem conservação mecânica adequada, desde pneus até sistemas de direção, suspensão e freios). Um carro aquaplanando assume qualquer direção, e para prevenir isto é obrigatório um sistema de drenagem perfeito.
Um dos trechos da avenida forma um “bacião”, onde não há qualquer forma de escoar a água, seja bueiro ou saída de água lateral, já que foram construídos guias no canteiro central e na ciclovia. Quando chover vai formar uma piscina. Convém abrir um ponto para escoar.
Outro detalhe absurdo que notei em pelo menos três pontos é a existência de guias com “cantos vivos” no sentido do tráfego, o que pode resultar em acidente gravíssimo caso o carro bata ali a roda. Se for uma moto a escapar uns 20 cm para a esquerda e dar de frente naquela ponta o piloto será “catapultado’, mesmo se estiver devagar. Também precisam ser corrigidos imediatamente.
A velocidade máxima permitida e sinalizada ao longo da avenida é de 60 km/h, reduziada para 40 km/h junto aos retornos. Se não houver fiscalização permanente –radar fotográfico inclusive- podem preparar o SAMU para trabalhar muito. Asfalto novo e longas retas são um convite natural à imprudência do brasileiro, e é preciso contar com ela.
Para finalizar, o trecho de chagada junto ao Hotel Floresta e a Cascatinha. Está claro que ali está “remendado”, pois a pista ficou estreitíssima (quero ver dois caminhões chegarem juntos ali, "batendo portas"). Onde há um pequeno prédio, antes da escola Cepoc, nesta curva estreita, para piorar, uma mente iluminada colocou “tachões” bem no ponto interno da curva, fatal para as motos. Ridículo se pensar que a finalidade deles era facilitar a entrada e saída da garagem do prédio. Deve ser alguém que não dirige carro ou nunca sentou numa moto. Incrível.
Um ponto positivo foi a criação do retorno sobre o rio, defronte ao Hotel Floresta, eliminando o que havia antes e que obrigava a cruzar as duas pistas para cortar caminho para o centro.
Muito mais que sugestões, este post é um alerta. Que as autoridades e a construtora tomem providências urgentes. Espero não ter que escrever outro post dizendo: "conforme escrevi..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário